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sábado, 31 de março de 2012

O Heavy Metal do Europe é destaque do Euromusic

O Heavy Metal do Europe é destaque do Euromusic:






Lendária banda sueca de glam metal apresenta performance com elementos acústicos


A Suécia é conhecida por algumas bandas emblemáticas como Abba e Ace of Base, mas para os fãs de hard rock há um grupo do coração apenas – o Europe. Tendo atingido o sucesso mundial nos anos 80, é uma das bandas mais amadas da Europa desde o lançamento de seu primeiro single The Final Countdown. Sua música é recheada de influências roqueiras e, durante sua trajetória, foram fundo no estilo glam metal, sub-gênero do heavy metal, caracterizado pela aparência andrógina, cabelos longos, cores e brilhos.


Atento às inovações, o quinteto resolveu fazer uma performance diferente, em 2008, ao lado de um quarteto de cordas em Almost Unplugged, especial que o Eurochannel exibe no dia 25/3, domingo, às 20h. Nele, a banda rende homenagem às suas canções mais emblemáticas, além reverenciar contemporâneos como os britânicos do Led Zepplin, com Since I've been Lovin' You, e Pink Floyd, com Wish You Were Here.


Originalmente com o nome de Force, a banda, formada pelo vocalista e tecladista Joey Tempest, pelo guitarrista John Norum, pelo baixiasta Peter Olsson e pelo baterista Tony Reno, em Estocolmo, em 1978, não seria o que se conhece hoje caso tivesse aceitado o conselho de uma gravadora para que cortasse o cabelo e cantasse em sueco. Felizmente, antes que desistissem, a namorada de Tempest enviou uma fita demo ao concurso de talentos Rock-SM. Eles competiram com quatro mil bandas, conseguiram se destacar e assinaram contrato com uma pequena gravadora, já sob o nome de Europe.


Um dos shows mais famosos do grupo aconteceu em setembro de 1989, quando se apresentou no clube Whisky a Go Go, na Califórnia, sob o codinome de Le Baron Boys, usado posteriormente como título de uma coletânea com demos gravadas entre 1989 e 1990. Após o lançamento de Prisoners in Paradise (1991), no entanto, decidiram dar um tempo no Europe - Joey Kee começou sua carreira solo e os demais buscaram seus próprios projetos. Era época da ascensão de bandas de garagem e do início do movimento grunge que levou o Nirvana e o Pearl Jam ao topo das paradas de sucesso.





Depois de sete anos, porém, os atuais membros da banda Joey Tempest, John Norum, John Levén (baixo), Mic Michaeli (teclado) e Ian Haugland (bateria), foram convidados a realizar um concerto em Estocolmo, na véspera do ano novo, em 2003. O concerto anunciou o retorno do grupo e logo lançaram seu álbum Start from the Dark (2004). Recentemente, em 2008, a nova canção, Secret Society os levou novamente a Estocolmo, em um show que deu origem ao álbum Almost Unplugged, como mostra o especial do Eurochannel.




Acesse o site completo em: http://www.lineup.net.br

Bailão do rock

Bailão do rock:
Só diversão: o baixista Stu Cook comanda a versão reformada do Creedence Clearwater Revisited
Só diversão: o baixista Stu Cook comanda a versão reformada do Creedence Clearwater Revisited
Só pelas performances pontuais do guitarrista Kurt Griffey o show de ontem do Creedence Clearwater Revisited já teria valido à pena. O grupo está em turnê pelo Brasil tocando as mesmas músicas de sempre, é verdade, mas Griffey, que entrou na banda só no ano passado, não tem nada com isso e tratou de fazer a sua parte em pelo menos duas músicas. Na ótima “Hear it Through The Grapevine”, quando os integrantes da formação original do Creedence – o baixista Stu Cook e o baterista “Cosmo” Clifford – também solam, ele se supera com dois números de guitarra sensacionais, flutuando de lado a outro do palco e arrancando aplausos dos poucos fãs – cerca de 1500 - que dessa vez prestigiaram a banda. Griffey tem no currículo serviços prestados, entre outros, a bandas como Steppenwolf, Foreigner e ao guitarrista Santana, com quem aprendeu boas lições. Em “Suzie Q.”, logo no início, ele mostra um cartão de visitadas daqueles.
O baterista Doug 'Cosmo': boa forma aos 66
O baterista Doug 'Cosmo': boa forma aos 66
Quem não é ligado tanto assim numa guitarra típica do classic rock e muito bem tocada, entretanto, também se divertiu. Não custa repetir que o repertório é o mesmo do Creedence Clearwater Revival – o original – e que o grupo tem um punhado de músicas que fazem parte do inconsciente coletivo da música pop em todos os tempos. Trocando em miúdos, é o tipo de canção da qual o sujeito pode até não saber o nome, mas a reconhece logo que começa a ser tocada e, aí, começa a cantoria sem fim. Até quem nunca colocou um disco do Creedence numa vitrola conhece tudo e solta a voz. Não seria exagero dizer, portanto, que o Creedence Clearwater – Revival ou Revisited, tanto faz – é uma espécie de Roberto Carlos da música pop mundial. E, por isso mesmo, o show é diversão garantida.
Mas é preciso cantar e tocar tudo certinho, e Stu e Cosmo parecem ter achado os caras certos. A começar pelo vocalista John “Pitbull” Tristão, que também manda uma boa guitarra base. Tristão tem a voz talhada e a impostação necessária para as músicas do Creedence; é come se ele estivesse no grupo desde os primórdios, deixando para trás John Fogerty, o compositor de todo o repertório, sem a menor cerimônia. Se o tecladista Steve Gunner é discreto o bastante, Cosmo mostra boa forma física – e gaba-se dela – para um baterista de 66 anos com uma inacreditável camiseta à anos 80. E o coroão Stu Cook se diverte com as estripulias do grupo, que, a despeito de certa apropriação indébita do repertório, faz dessa diversão o combustível para seguir levando em frente o legado do Creedence.
John Tristão: pitbull até na guitarra decorada
John Tristão: pitbull até na guitarra decorada
As comparações Revival x Revisited, no entanto, são inevitáveis, ainda mais depois que Fogerty saiu da toca, decidiu fazer uma turnê solo atrás da outra e passou pelo Rio, no mesmo Citibank Hall, há menos de um ano (veja como foi). Quinze das 20 músicas tocadas ontem representam a interseção com o show de Fogerty, que, de seu lado, tem o repertório expandido com poucas das composições de sua carreira solo. A banda dele tem mais integrantes, e é dele a voz original do Creedence, um advance inapelável que faz o Revisited, apesar de ter metade dos integrantes da turnê original, ser tratado como banda cover. Embora o resultado de cada um dos shows seja basicamente o mesmo – pessoas de idade avançada lembrando o que chamam de “os bons tempos” ao lado de jovens curiosos – , John Fogerty fica em vantagem por ser o autor, ainda que se dê pouca importância a isso num mundo pós-internet, e por acumular a função de “voz original”. O ideal seria a reunião do Creedence original, com Fogerty, Cosmo e Stu Cook juntos. Mas este último garante que isso não vai acontecer tão cedo (leia matéria aqui).
Isso para quem estava ali na frente do palco e conhece essa história toda. Porque, para os demais, era o Creedence ao vivo e a cores tocando – vale sempre repetir – o maior repertório só de sucessos de uma única banda de que se tem notícia. Fosse em “Proud Mary”, do refrão “Rolling on the river” cantado à plenos pulmões pela plateia; na inesperadamente pedida aos gritos “Molina”, omitida por John Fogerty; em “Good Golly Miss Molly”, de Little Richard (quem disse não haveria surpresas?), no bis; em Hey Tonight”; ou na mais que manjada “Have You Ever Seen the Rain?”, o bailão do rock era garantido. É só dar ao público aquilo que ele quer que não tem erro.
Griffey roubou a cena em performances pontuais
Griffey roubou a cena em performances pontuais
Set list completo:
1- Born on the Bayou

2- Green River

3- Lodi

4- Commotion

5- Who’ll Stop the Rain

6- Suzie Q

7- Hey Tonight

8- Long as I Can See the Light

9- Down on the Corner

10- Lookin’ Out My Back Door

11- I Heard It Through the Grapevine

12- Midnight Special

13- Bad Moon Rising

14- Proud Mary

15- Fortunate Son

Bis

16- Have You Ever Seen the Rain?

17- Travelin’ Band

Bis

18- Molina

19- Good Golly Miss Molly

20- Up Around the Bend
A turnê do Creedence Clearwater Revisited passa ainda por Florianópolis e São Paulo; saiba mais aqui.

Collector's Room: a linda coleção de Nino Lee Rocker

Collector's Room: a linda coleção de Nino Lee Rocker:
Nino, em primeiro lugar apresente-se aos nossos leitores: quem você é e o que você faz?
Olá, leitores do Collector's! Não me reconheço por outra alcunha que não seja a de Nino Lee. Me considero um filho do rock and roll e admirador da contracultura, da cultura pop e do que é ou foi feito de maneira inteligente e diferenciada. Fiz de tudo um pouco ligado a isso em meus 42 anos de vida. Fui DJ durante boa parte dos anos 80, vivi bem de perto o furor do rock nacional e a efervescente cena do rock gaúcho dos 80 e 90. Os locais que freqüentei eram justamente onde rolavam shows com as bandas emergentes da cena de 80. Grande parte delas iria marcar seus nomes para sempre na história. Também fui músico no cenário roqueiro gaúcho durante toda a década de 90 passando por várias bandas. Não tinha como ser diferente respirando aquele ar por tanto tempo. Aqui no Rio Grande do Sul o bicho pegava em termos de rock, desde a época do Iapi, nos anos 60, um bairro local e tradicional de trabalhadores, condomínios bem aos moldes da arquitetura londrina antiga. Dali saíram ou perambularam artistas como Liverpool, Bixo da Seda, Hermes Aquino, Vôo Livre e Elis Regina. Toda essa história passada intensificou-se e atingiu um bombástico auge nos anos oitenta quando cada boteco tinha uma banda tocando e muitas delas acabaram gravando seus discos e até sendo reconhecidas nacionalmente. Eu vi o despertar disso tudo, foi uma época mágica. Quando virei DJ foi o momento em que passei a ter contato com o rock que vinha projetado do centro do país de cima para baixo. Já eram os fenômenos do rádio, das vendas de discos, ainda era época do Chacrinha, Perdidos na Noite, Globo de Ouro. Bons tempos,era divertido à beça.

The Cult anuncia cinco shows para setembro

The Cult anuncia cinco shows para setembro:
RIO - Os fãs do The Cult podem se preparar para a nova turnê da banda inglesa que anunciou cinco shows para setembro, no Reino Unido. As apresentações serão entre o dia 11 e 16 no Newcastle Metro Radio Arena, Sheffield Motorpoint Arena, Manchester Arena, Birmingham LG Arena e London Wembley Arena.
The Cult será acompanhado pelas bandas The Mission e Killing Joke. O anúncio dos shows, no Facebook, gerou mais de 1500 comentários e 500 compartilhamentos em menos de três horas após a postagem do cartaz.
A banda de rock, formada em 1984, deve lançar em maio o novo álbum "Choice of Weapon". Esse é o nono disco do The Cult que ficou cinco anos sem lançar CD após "Born Into This".

Hard Legends Party Vl: Winger, Augeri e Kotzen em SP

Hard Legends Party Vl: Winger, Augeri e Kotzen em SP:
A Free Pass Entretenimento confirmou mais uma edição da tradicional "Hard Legends Party", que sempre contou com a presença de grandes monstros do hard rock mundial. A 6a edição ocorrerá em São Paulo e contará com shows de Kip Winger (acústico) e das bandas de Steve Augeri (ex-Journey) e Richie Kotzen (ex-Poison e Mr.Big). O evento será realizado dia 3 de junho, no Carioca Club.

Confira as novidades musicais que desembarcam no país

Confira as novidades musicais que desembarcam no país:
RIO - No meio do intenso trânsito de artistas de rock internacional que tomará o Brasil em abril, o público terá a chance de conhecer algumas bandas novíssimas. A mais badalada do time é a Foster The People, do vocalista, tecladista e guitarrista Mark Foster, atração do Lollapalooza no dia 8 (e que, trazida pela grupo Queremos, toca no Circo Voador no dia 4). Formado em 2009, em Los Angeles, o FTP teve a honra de tocar no mês passado, no Grammy, o clássico "Wouldn’t it be nice", dos Beach Boys, ao lado dos próprios. Momento mais que marcante.— Eu esperei a minha vida toda por isso, mas a verdade é que desde que montei a banda as coisas foram acontecendo bem rápido — diz Mark, por telefone. — Brian Wilson (líder dos BB) é meu compositor favorito, e os Beach Boys são a minha banda preferida desde que eu era menino. Em toda a minha vida, não pensei que fosse acontecer de um dia eu estar no mesmo palco que eles!
Hoje com 28 anos, Mark Foster vem tentando se estabelecer como músico desde a adolescência. O trabalho como compositor de jingles o ajudou a ganhar habilidade para compor as canções do Foster The People. Com o sucesso do grupo, ele tem se dedicado mais aos palcos.
— Nunca me diverti tanto na minha vida quanto agora, tocando com a banda — conta. — É legal ver as músicas que fizemos em estúdios pequenos e apertados botarem mais de 50 mil pessoas para dançar em festivais.
Também estreando no Brasil, o americano Cage The Elephant (na estrada desde 2007) vem mostrar dia 7, no Lollapalooza, seu rock de cores punks e tempos acelerados.
— Começamos tocando em bares pequenos, tínhamos que disputar a atenção, por isso ficamos com essa fama. A energia é parte da nossa banda — diz o guitarrista Brad Shultz. — Mas depois, quando fomos fazer o nosso segundo álbum ("Thank you happy birthday", que está sendo lançado no Brasil), passamos um bom tempo concentrados, tantando compor canções que fossem realmente boas.
Em sua trajetória, o Cage The Elephant conta com um padrinho importante: Dave Grohl, líder dos Foo Fighters (grande atração do Lollapalooza), que chegou a substuituir o baterista Jared Champion quando ele teve apendicite.
Saiba mais sobre as novas bandas:
FOSTER THE PEOPLE: Tornou-se uma sensação do dance-rock com o álbum "Torches", lançado no ano passado. Canções como "Pumped up kicks" e "Call me what you want" têm a elegância e o sabor pop das primeiras canções dos conterrâneos do MGMT, mas trazem substância. Deve ser uma das surpresas do Lollapalooza.
CAGE THE ELEPHANT: Soando como uma espécie de condensação de 40 anos de punk e indie rock, os garotos mostram em seu segundo disco uma evolução na composição sem perda de energia. Músicas como "Aberdeen", "Indie kidz" e "Shake me down" devem agradar bastante ao público que vai ao Lolla a fim de agito.
THE VACCINES: Ecoando bandas clássicas do indie, como The Jesus & Mary Chain e Strokes, os ingleses do Vaccines chegam para se apresentar em São Paulo (dia 18/4, no Cine Joia) e no Rio (dia 19, no Circo Voador). Eles vêm apresentar o repertório de seu disco de estreia, do ano passado, bastante elogiado pela imprensa rock.
MANCHESTER ORCHESTRA: Atração do Lollapalooza no dia 8, a banda não vem da mítica cidade roqueira de Manchester, na Inglaterra, mas de Atlanta, nos Estados Unidos. Revelação do indie rock, em 2011, ela lançou seu terceiro (e conceitual) álbum, "Simple math", com canções sobre a vida do seu líder, Andy Hull.
BAND OF HORSES: Formada em 2004, na cidade americana de Seattle (capital do rock grunge), essa banda se especializou em recuperar velhas sonoridades do folk, com arranjos mais ambiciosos, à la Brian Wilson. Em 2010, lançou o seu disco mais bem acabado, "Infinite arms", que deve ser a base do Show no Lolla, no dia 7.
LITTLE DRAGON: Baseada em Gotemburgo, na Suécia, a dupla vai dia 11 de maio ao Sónar São Paulo com seu indie rock aditivado por eletrônicas diversas. Seu disco mais recente, "Ritual union", do ano passado, surpreendeu a crítica com suas incorporações de R&B, timbres de sintetizadores e os vocais da japonesa Yukimi Nagano.

Brasil vai abrigar número recorde de shows internacionais em abril

Brasil vai abrigar número recorde de shows internacionais em abril:
RIO - Um engarrafamento de rock internacional que aguarda os brasileiros (e seus bolsos) em abril. Um mês que começa com um Lollapalooza (dias 7 e 8, no Jockey Club de São Paulo, com Foo Fighters, Arctic Monkeys e um exército de estrelas indie), passa por Roger Waters (1 e 3 no Morumbi, em SP, depois de se apresentar no Rio dia 29) e Bob Dylan (correndo o país de 15 a 24) e toma o Nordeste entre 20 e 22 com dois festivais: o Abril Pro Rock (no Chevrolet Hall, em Recife) e o Metal Open Air (no Parque Independência, em São Luís). Isso para não falar da ameaça (até agora não confirmada) de shows de Paul McCartney em Recife, na mesma época. Haja dinheiro — e ouvido!
Alexandre Faria, o diretor artístico da Time For Fun (que, só em abril, traz Roger Waters, Bob Dylan, 3 Doors Down e Ting Tings, entre outros), diz:
— O cenário de shows está fortalecido porque o Brasil passa por um momento de estabilidade econômica. Além disso, o câmbio atual do dólar ajuda significativamente na realização dessas turnês. Sem contar que mercados importantes como Europa e EUA passam por crises econômicas. O público brasileiro hoje é exigente e quer as melhores atrações do planeta. 
Foi contando com isso que Felipe Negri resolveu apostar em três dias de Metal Open Air. Produtor com experiência em shows de heavy metal na América Latina, ele conta na empreitada com o apoio do governo do estado do Maranhão, da prefeitura de São Luís (que está comemorando 400 anos em 2012), de produtores e de uma TV local. Entre a escalação de quase 50 nomes internacionais e nacionais, destacam-se as bandas Megadeth, Anthrax, Venom, Exodus, Blind Guardian e um Rock N’ Roll Allstars reunindo figuras do naipe de Gene Simmons (Kiss), Joe Elliott (Def Leppard) e Glenn Hughes (ex-Deep Purple).
— Sem falsa modéstia, é um dos melhores line-ups de metal que eu já vi, mais forte que de muito festival lá de fora — diz Negri, para quem o público-alvo é do Norte e do Nordeste, num arco geográfico que vai de Recife a Manaus ("Ninguém vai sair do Sul e do Sudeste pra ver o festival", acredita).
Ele espera ter algo entre 15 mil e 30 mil pessoas por dia, e não se assusta com a perspectiva de ainda estar longe do ideal (sete mil ingressos ao todo) de ingressos vendidos a pouco mais de um mês do festival:
— A experiência com o Nordeste é que o público acaba comprando em cima da hora. Além do mais, a gente foi testando aos poucos, levando bandas a São Luís, e vi que tinha espaço, sim, até pela carência de shows de metal que existia. 
Festival que tem em sua noite de metal e punk o seu grande ímã de público, o Abril Pro Rock confirmou para o dia 21, na escalação internacional, Exodus (dos EUA, que toca um dia antes no Metal Open Air), Brujeria (México) e Cripple Bastards (Itália). Fundador e produtor do Abril, Paulo André Moraes não acredita que o Metal Open Air vá afetar seu evento, que comemora 20 anos em 2012.
— Não vejo concorrência, acredito que apenas umas 200 pessoas de Recife vão ao Metal Open Air, mas isso divide a mídia — opina ele, para quem, desde o ano 2000, a programação internacional tem sido o esteio do festival. — Recife tem muitos shows no carnaval. Para alguém pagar ingresso, tenho que trazer algo que não se veria normalmente.
Sua maior aposta internacional, porém, será em duas bandas americanas: Antibalas (especialistas em afrobeat, que vêm ao Brasil pela primeira vez e se apresentam em Recife no dia 22 e em São Paulo nos dias 19 e 21) e os veteranos indie Nada Surf, que voltam ao país pelas mãos da agência cultural Inker, da produtora Fabiana Batistela. Além do NS, ela também traz ao país em abril os americanos Thurston Moore (guitarrista do Sonic Youth) e Kurt Vile. 
— Temos parcerias com a Argentina e o Chile. E também com produtores brasileiros, como o Teatro Opinião (Porto Alegre), o festival Se Rasgum (Belém) e o projeto Queremos (crowdfunding do Rio que faz os shows de Thurston e Kurt, dia 13, no Circo Voador), com quem estamos trabalhando pela primeira vez — diz Fabiana, para quem as redes sociais ajudaram bastante a mobilizar os fãs para os shows.
— Uma das razões pelas quais estamos indo ao Brasil é que os fãs brasileiros ficavam pedindo shows nossos pelo Facebook — diz Chris Henderson, guitarrista do 3 Doors Down, que toca no meio de abril em Rio, São Paulo e Belo Horizonte. — Antes disso, não sabíamos que éramos conhecidos aí.
É uma fartura jamais vista. No dia 30, por exemplo, só no Rio de Janeiro, apresentam-se astros do rock dos anos 1970 (o ex-Supertramp Roger Hodgson, no Vivo Rio), 1980 (o Duran Duran, no Citibank Hall) e 2010 (o Ting Tings, no Circo Voador). Mas o preço a pagar, segundo os produtores, é alto.
— O cachê das bandas internacionais duplicou nos últimos cinco anos — diz Felipe Negri. — Não é normal o que se paga, mas a demanda compensa. O Megadeth custa duas vezes mais aqui, mas reúne quatro mil, cinco mil pessoas. A banda sabe que você ganha dinheiro.
— Quando começamos, dez anos atrás, parecia que a gente era de algum país desconhecido da África — acrescenta Fabiana Batistela. — Hoje rola até leilão, e com qualquer tipo de banda. O que é ruim para os pequenos, porque os preços estão lá em cima.
— Tive alguma competição pelos Foo Fighters e Arctic Monkeys. Os artistas devem estar se divertindo, são os cachês mais altos que se pagam no mundo — confirma, sem entrar em valores, Leo Ganem, da Geo Eventos, que produz o Lollapalooza. — Os produtores acabam competindo muito, e nunca de forma inteligente.
Para Felipe Negri, o ponto de saturação está próximo:
— Daqui a uns dois, três anos, tenho certeza de que 90% dos produtores vai estar fora.
Fabiana Batistela concorda:
— Hoje tem um público maior, uma estrutura melhor e a informação chega de forma mais fácil. Mas, por outro lado, é mais difícil, porque todo mundo quer ser produtor de shows internacionais.

David Fonseca em entrevista: "O deus das pequenas coisas"

David Fonseca em entrevista: "O deus das pequenas coisas":
A 21 deste mês chega às lojas “Rising”, a primeira de duas metades que compõem “Seasons”, o quinto disco de originais de David Fonseca, que nasceu da ideia de contar a história de um ano da sua vida através da escrita de canções, tendo as pequenas coisas como inspiração e o calendário como testemunha.
Em entrevista ao Palco Principal, o músico confessou ter caído na música quase por acidente, explicou a necessidade do ato criativo que o acompanha, falou da falta de apoio estatal à divulgação da música nacional e rejeitou a ideia de que, se tivesse nascido num país diferente, se teria tornado uma superestrela de dimensão interplanetária.
 
Palco Principal - Ao longo da tua carreira sempre houve a sensação de haver algo mais para além da vida de fazer discos e reproduzi-los fielmente em palco - seja pela criação do Amazing Cats Club ou, por exemplo, da tournée “U Know Who I Am – one man, a thousand instruments and a Polaroid”, em que te expuseste mais enquanto músico. Faz parte da tua forma de ver a música este impulso criativo paralelo à vida de fazer discos?
David Fonseca - Repara, eu nunca quis ser músico efetivamente, não foi propriamente um sonho de criança que eu alimentei ao longo dos anos. O que quer dizer que a música foi parar às minhas mãos um bocadinho por acidente e muito pela curiosidade artística de querer fazer algo que me soava e me atraía para fazer sistematicamente coisas diferentes. Ora, essa ideia nunca morreu, muito pelo contrário, tem vindo a ficar cada vez mais complexa na procura de fazer sempre coisas que possam trazer alguma novidade a este processo musical e a esta viagem. Tudo isso que mencionaste – os espetáculos, até o facto de fazer coisas radicalmente diferentes na área da música - é, de alguma forma, uma recompensa por poder ter tanto tempo para me dedicar a uma forma, a uma posição - digamos assim -, o que não é fácil. A parte mais complexa em Portugal para exercer uma profissão ligada à arte é, efetivamente, que ela seja a tempo inteiro, para que se possam explorar coisas mais complexas e mais específicas, como tenho feito ao longo dos anos.


PP - Apesar de “Rising” não representar um corte com a tua discografia, está claramente virado para a exploração do rock e da eletrónica. Como chegaste a esta «nova» sonoridade, mais festiva e com indícios de uma sujidade que até agora tinha permanecido na sombra?
DF - Muitos desses fatores já tinham aparecido anteriormente nos meus concertos ao vivo, de forma mais marcada até do que alguma vez tinham soado em estúdio. Este disco foi feito segundo uma espécie de ordem cronológica onde, à medida que os temas iam aparecendo ao longo do último ano, iam entrando. O que quer dizer que não tive tanto controle sobre a sua criação, sobre a ideia de um todo que aqui se perdeu, em parte para me poder dedicar exclusivamente a cada uma das canções e a esperar que elas se pudessem ligar cronologicamente. Ora, isso fez com que os extremos fossem muito maiores na descrição de cada canção nos seus ambientes mais específicos, daí ter ido muito mais ao rock, à eletrónica, a um ambiente mais sujo que alguns temas têm, mas penso que sem fugir ao meu universo pessoal, porque aquilo que define um músico é o seu universo pessoal e a sua abordagem muito própria.


PP - Em termos líricos, parece haver um contágio primaveril - até o amor mais sofrido surge envolto por uma armadura de confiança, um espírito de superação e uma boa dose de ironia. Concordas?
DF - Comecei esta primeira parte do disco a 21 de março do ano passado, em modo primavera/verão, quando me encontrava em digressão. Havia, de facto, muitas razões para ser festivo, mais primaveril, mais aberto em relação a estas canções. Mesmo assim, há uma ou outra coisa que acontece no disco meio dura, que, de uma forma mais contemplativa, acaba por atacar outro género de emoções que não são propriamente as mais positivas. Mas, no seu todo, sim, tenho de concordar que é um disco com uma presença claramente mais positiva que o anterior. Pelo menos esta primeira parte do disco, porque a segunda não sei se será, efetivamente, assim, até porque o disco não está completamente terminado, falta gravá-lo. As canções estão feitas, mas o seu todo ainda está por definir.


PP - Qual o conceito por detrás de “Seasons” - o de querer transmitir um ano da tua vida através de canções?
DF - A ideia foi a de enclausurar os fragmentos extraordinários que acontecem na minha vida, que me emocionam de alguma forma e que me levam a querer escrever canções. Sabes, sou muito fascinado pela ideia de que há sempre coisas extraordinárias escondidas debaixo das coisas mais comuns. E acho que não sou só eu. Há uma frase que ouço recorrentemente outras pessoas dizerem quando contam histórias, que é mais ou menos assim: “e naquela altura ouvi uma coisa que nunca mais me vou esquecer”. Portanto, esta ideia de que, de repente, acontece algo que as pessoas nunca mais esquecem acontece muito mais vezes do que nós pensamos. Aliás, neste último ano em que estive especialmente atento a todos esses pequenos fragmentos que poderiam despoletar uma canção, descobri que, de facto, eles estão por todo o lado - ou pelo menos há uma certa inquietação minha que me leva a ter uma visão sempre muito aberta em encontrar estas pequenas coisas. “Seasons” acabou por ser um disco ao estilo de um diário musical baseado em todos esses fragmentos.


PP - What life is for, o primeiro avanço do disco, vai de encontro a uma modernidade musical em que os teclados revisitam de forma séria os anos oitenta, fazendo com que o que poderia para muitos ser considerado piroso se transforme em algo extremamente apelativo. Sentes que este tema é como uma viagem no tempo?
DF - Sabes, quando faço os temas, não penso muito bem sobre se eles estão dentro de algum parâmetro específico de alguma década. Curiosamente, o teclado onde fiz isto é um teclado muito antigo, chamado June 60, que veio efetivamente dos anos oitenta e cujos sons são muito parecidos com muita da música popular que veio dessa altura. Mas confesso que a minha ideia não era bem reproduzir o ambiente dos anos oitenta, mas antes cruzar esse universo, que de facto existe lá – um universo meio festivo, pop dos anos oitenta – com uma certa dureza dos tempos de hoje - porque eu acho que a canção acaba por ter partes bem duras: praticamente não tem guitarras, só sintetizadores, bateria, baixo e uma voz meio processada, longínqua, como se fosse de outro tempo - e talvez isso dê um pouco essa noção, mas confesso que não foi algo propositado.


PP - “Seasons” é um objeto conceptual de excelência. Pensas que o caminho para que os discos se continuem a vender enquanto objeto material consiste em oferecer um produto que vá para além de uma simples rodela sonora metida dentro de uma caixa de plástico?
DF - Completamente. Aliás, eu envolvo-me pessoalmente em todo o processo de feitura – estive, inclusive, sentado em gráficas, uma coisa que até agora nunca tinha feito, a discutir como é que poderíamos fazer o booklet e apresentar o disco de uma forma interessante. Continuo a fazer vinil com os meus discos, apesar do mercado ser muito pequeno, mesmo muito pequeno. É quase uma exigência minha ter vinil, mais do que uma exigência de mercado, digamos assim. Mas confesso que uma das razões pelas quais eu continuo a gostar de fazer isto prende-se muito com a ideia de, no final de tudo, produzir um objeto que tenha tanta importância para mim como a própria música. Por isso, é normal que aprecie estas versões especiais, estas novas formas de fazer um objeto específico, e bonito, que tenha a ver com a minha música, com a minha pessoa, e que esteja perto desse universo que é especial para as pessoas que gostam tanto desses objetos como eu próprio.


PP - És um dos músicos portugueses com mais projeção fora de portas, tanto pela tua experiência de repetente no South By Southwest, como pelos inúmeros concertos que já deste em diferentes países. Ainda assim, parece faltar qualquer coisa para que a música portuguesa possa conquistar de forma conseguida e como um todo o mercado internacional. Tens ideia do que faltará?
DF - Prende-se muito, obviamente, com a ideia de um certo apoio estatal à divulgação de uma cultura portuguesa, seja ela feita pela língua ou através de uma outra forma de arte. Repara que todos os projetos que se internacionalizaram, vindos de países que não têm um histórico tão acentuado de exportação – estou a excluir a América e o Reino Unido, que têm uma rede completamente feita de domínio mundial -, são tentativas específicas de fazerem chegar a sua cultura a outros sítios. Posso mencionar o caso dos Air, em França, ou da Bjork, na Islândia, os próprios Abba, na Suécia, que conseguiram sair do seu país pela qualidade da sua música e da sua arte, mas também porque contaram com um apoio estatal para poderem estar presentes noutros países através de gabinetes de exportação de música nacional, coisa que nós nunca tivemos – ou tivemos e foram imediatamente extintos. Cada esforço que qualquer artista português faça para internacionalizar a sua música é sempre um esforço pessoal, uma viagem extremamente solitária. Na primeira ou segunda vez que estive no South by Southwest conheci uma jornalista norueguesa, que me disse estar ali para fazer a cobertura de umas 12 ou 13 bandas norueguesas que tinham ido ao festival com o apoio de uma câmara municipal da cidade a que pertenciam - nem sequer era a capital! Tinham uma banca gigante para promoção e venda, organizaram uma festa própria onde convidaram jornalistas de todo o mundo, deram diversos concertos, e obviamente que tudo isto é investimento, uma visão de estar perto dos outros países de uma forma cultural. Ora, comparativamente com o meu caso, não existia nada disto: era apenas eu, um agente e uma tentativa claramente pessoal de mostrar a minha música a outros. É realmente difícil exportar música portuguesa, seja ela qual for, porque o nosso esforço é sempre pessoal, nunca tem a ver com uma certa estrutura organizada.


PP - Por vezes não tens a sensação de que, se tivesses nascido num país como os Estados Unidos ou a Inglaterra, poderias facilmente teres transformado-te numa superstar?
DF - Não, não acho. Para já, é uma suposição, e uma suposição que podia ter tudo de errado. Se eu tivesse nascido noutro sítio, poderia ter feito outras coisas, e, mesmo que fizesse música, nada garantia que tivesse seguido um percurso às tantas tão interessante como o que consegui aqui. Repara, quando estou nesses festivais, farto-me de conhecer pessoas extremamente talentosas que nunca foram conhecidas em lado nenhum, que nunca vislumbraram sequer metade do que eu consegui alcançar neste país e até noutros sítios fora de Portugal. Obviamente que é preciso algum talento, acho eu, para estar dentro de um campo musical, mas também é preciso muita sorte, muito trabalho, estar no sítio certo à hora certa, e isso não tem a ver só com essa ideia meio glorificada de que, se a pessoa tivesse nascido num sítio maior, as coisas seriam necessariamente maiores. Nem sempre é assim.


PP - “Seasons” irá contar com “ações e apresentações inéditas no mercado discográfico”. Podes dar-nos um vislumbre do que nos vai ser oferecido este ano?
DF - Para já, vamos fazer a estreia do disco a 3, 4 e 5 de abril, em Lisboa, Coimbra e Porto, em em locais onde, por norma, não costumo atuar - clubes mais pequenos onde vou estar, de facto, muito próximo do público. A minha primeira intenção ao tocar ao vivo foi, em primeiro lugar, fazê-lo muito perto das pessoas. Nos últimos anos em Portugal tenho tocado em locais de grande escala ou então em teatros onde as pessoas estão sentadas, mas sempre com um certo distanciamento entre o palco e o público, pelo que será uma forma bem diferente de começar. Depois, com todo este conceito do disco, é também provável que o espetáculo possa evoluir para algo mais interessante, mas que não posso explorar muito mais porque ainda está tudo a ser alinhado e preparado. Existe já uma ideia mas ainda é cedo para falar.


Pedro Miguel Silva


David Coverdale: relembrando quando quase perdeu a voz

David Coverdale: relembrando quando quase perdeu a voz:
O programa de rádio "No estúdio: As histórias por trás das maiores bandas de rock" celebrou o aniversário de 25 anos de um dos mais vendidos álbuns de hard rock da história, o "1987" do WHITESNAKE.
Após 8 álbuns de estúdio em 10 anos, o WHITESNAKE conseguira manter o hard rock relevante, em um mercado do rock em constante mudança nos anos 80 no Reino Unido, enquanto os Estados Unidos ainda iriam absorver totalmente a banda. O líder da banda, vocalista e compositor David Coverdale esteve afastado com uma infecção crônica que poderia acabar com sua carreira na metade do caminho desse projeto. Coverdale revelou o quão sério era seu estado de saúde. "Ele (o médico) pôs uma lanterna pequena na minha boca... e disse, 'Essa é a pior infecção que eu já vi, estou surpreso por você estar conseguindo até mesmo falar'. Eu voltei e me preparei para uma cirurgia e a chance era de 50% de que eu nunca mais poderia cantar". Com uma dívida de três milhões de dólares e tendo acabado de se recuperar de uma cirurgia na garganta, Coverdale colocou tudo em jogo.

Death in Vegas no Optimus Alive'12

Death in Vegas no Optimus Alive'12:
Os Death in Vegas são a mais recente confirmação no cartaz do Optimus Alive’12.
Aquela que é uma das mais influentes bandas britânicas da década de 90 sobe ao Palco Heineken do evento a 13 de julho.
Nesse mesmo dia passam pelo festival de Algés The Stone Roses, Justice, Snow Patrol, Lost Prophets, Refused, LMFAO, Sebastian, Miúda e Dum Dum Girls.
O Optimus Alive regressa ao Passeio Marítimo de Algés, em Oeiras, nos dias 13, 14 e 15 de julho.
Os bilhetes, à venda nos locais habituais, custam entre €53 e €111.
Sobre os Death in Vegas
Com apenas dois membros permanentes, Richard Fearless e Tim Holmes, os Death in Vegas fazem da mudança, estilo. Com apenas cinco álbuns de originais, atiram-se com a mesma vontade ao rock psicadélico e às batidas eletrónicas para a pista dança.
Em palco, são reconhecidos pelos concertos tensos e intensos, que captam a atenção total do público, incapaz de desviar o olhar enquanto a banda está em palco.
Confere o cartaz provisório do festival:



Dia 13 de julho
Palco Optimus

The Stone Roses

Justice

Snow Patrol

Lost Prophets

Refused
Palco Heineken

LMFAO

Sebastian

Miúda

Dum Dum Girls

Death in Vegas


Dia 14 de julho
Palco Optimus

The Cure

Florence + The Machine

Mumford & Sons
Palco Heineken

Katy B

The Antlers

Big Deal

Here We Go Magic

Lisa Hannigan

Awolnation


Dia 15 de julho
Palco Optimus

Radiohead

Caribou

The Kooks

PAUS
Palco Heineken

Mazzy Star

The Kills

Metronomy

The Maccabees

Warpaint

SBTRKT

Miles Kane
Sara Novais

RHCP: Chris Rock fará discurso de indução ao RNR Hall

RHCP: Chris Rock fará discurso de indução ao RNR Hall:
A lista de apresentadores da cerimônia do Rock & Roll Hall of Fame é sem dúvida tão prestigiada quanto as bandas induzidas e homenageadas deste ano. John Mellencamp, Billy Gibbons e Dusty Hill do ZZ Top, e Steven Van Zandt da Street Band serão responsáveis pelo discurso de introdução de Donovan, Freddie King e os Small Faces, respectivamente.

Poets of the Fall: Um autêntico disco de rock europeu

Poets of the Fall: Um autêntico disco de rock europeu:
Falar a essa altura que o Poets of the Fall é uma das grandes bandas da atualidade em termos artísticos é chover no molhado. Se você já tomou um tempo para ouvir algum dos álbums desse excelente trio finlandês já sabe o quão bom eles são. Já sabe que se trata hoje de uma das bandas menos reconhecidas pelo seu trabalho, mas que mesmo assim dá um show em muita banda que tem melhor reconhecimento midiático. E se já leu alguma das minhas opiniões anteriores sobre o grupo, também sabe que o mercado brasileiro está pouco se lixando para eles, prefere artistas de menor calibre e nenhuma categoria.

Modern Drummer: os melhores bateristas votados pelos fãs

Modern Drummer: os melhores bateristas votados pelos fãs:
A revista Modern Drummer promoveu uma votação para os fãs decidirem quais os melhores bateristas, a votação foi dividida emtre estilos e no contexto geral.
Em contexto geral, o podium cede a Mike Portnoy o trono; pode até parecer estranho para o ex-baterista do Dream Theater Mike Portnoy ganhar o título, após deixar a banda que ele ajudou a fundar, um grupo que forneceu a estrutura para a marca popular de Mike como baterista de rock progressivo. Mas ao assumir a tarefa de preencher para o recentemente falecido Jimmy "The Rev" Sullivan com o Avenged Sevenfold - no registro Nightmare e em turnê - Portnoy, e agora arrebentando nas vertentes do heavy metal com o Adrenaline Mob lembrou os fãs antigos e os novos convictos de sua notável capacidade de adicionar fogo e energia nas bandas por onde passa.

Joe Satriani & Steve VaiO suprassumo da guitarra

Joe Satriani & Steve VaiO suprassumo da guitarra:
satrianivai04Um foi professor do outro. Separados, são dois grandes ícones da guitarra, sinônimo de perfeição, apuro técnico e muita sensibilidade. Juntos, como super heróis, eles convidam um terceiro guitarrista, e sob a alcunha de G3 saem pelo mundo fazendo inesquecíveis jam sessions. Eles são Joe Satriani e Steve Vai, que já duelaram, em pleno palco, com Yngwie Malmsteen, Eric Johnson, Kenny Wayne Shepherd e Michael Schenker, entre outros.
No final do ano passado, a dupla esteve no Brasil junto com o veterano Robert Fripp, que, como tal, teve que suar a camisa para acompanhá-los (leia a resenha do show aqui). Ao mesmo tempo, enquanto Satriani já tocava as músicas que estão no seu último álbum, “Is There Some Love In Space?”, Steve Vai se preparava para lançar o primeiro disco de músicas inéditas em cinco anos, “Real Illusions: Reflections”, que saiu no final de fevereiro nos Estados Unidos e chega ao Brasil em março.
Flagramos a dupla na manhã do dia do show que eles fariam no Rio, e conversamos sobre como funciona o G3, o mito de que guitarristas são egocêntricos, e, claro, sobre os trabalhos individuais de ambos. Confira:
Como vocês formaram o G3?
Joe Satriani: Eu tinha a ideia de fazer jams sessions com outros guitarristas. Depois de reclamar durante algum tempo com os nossos empresários, decidimos fazer algo, criando nosso próprio festivalzinho, no qual poderíamos fazer jams todas as noites.
Você teve a ideia e chamou o Steve, ou vocês estão juntos desde o começo?
Satriani: Começou comigo e outros músicos que tinham o mesmo empresário que eu. Guardamos a ideia por um tempo, até que chegássemos num consenso de como a coisa deveria ser. A primeira pessoa que chamamos foi o Steve, e ele ficou em todas as formações.
Como vocês definem a formação do G3?
Satriani: Depende muito de quem está disponível. Às vezes chamamos pessoas diferentes e as coisas também funcionam. Talvez, um dia, podemos fazer um G4. O Robert Fripp deu essa sugestão de voltarmos a este formato, que fizemos em 97, quando ele abriu o show, e Steve e eu fizemos o G3, com o Kenny Wayne Shepherd.
Em geram dizem que guitarristas são egocêntricos. Como vocês lidam com isso quando tocam juntos?
Steve Vai: Isso é uma generalização. O G3 é uma grande oportunidade que nós temos de tocar com outros músicos, é uma inspiração, porque isso me empurra a dar o máximo de mim. Quando eu vou para o palco com outros guitarristas, seria um idiota se tentasse competir, porque todos têm seus próprios estilos e a razão de eles serem bons é porque construíram esses estilos.
Entre os caras que já tocaram com vocês, qual foi o mais difícil de trabalhar?
Vai: Eu não tive dificuldades com ninguém. Uma das coisas sobre este projeto é que o G3 não é só habilidade em tocar guitarra e trazer o que aprendeu com o tempo, mas a habilidade em improvisar.
Satriani: Nunca tivemos nenhum tipo de problema com os integrantes. Em geral, se há problemas, é porque um ou outro não tem o que precisa para fazer o show, então é o trabalho dos produtores checar se todos têm o que precisam. Somos nós que o convidamos, é nossa responsabilidade nos certificarmos se ele está à vontade. Todos são diferentes, especialmente se for um músico que não está acostumado a tocar com outras pessoas. Steve e eu estamos acostumados com isso, e ainda assim soa estranho tocar com um guitarrista que não teve a experiência de tocar com outros músicos.
De outro lado, com qual dos convidados vocês se identificaram mais?
Vai: Eu me sinto à vontade tocando com o Joe, talvez mais do que com qualquer outro músico com o qual já toquei. É algo que me leva de volta a quando eu tinha aulas de guitarra com ele. Eu nunca toquei com nenhum outro músico que tinha dado tão certo.
Satriani: Eu e o Steve nos sentimos à vontade tocando um com o outro. Estamos num nível de confiança tão bom que podemos tentar empurrar um ao outro tão longe quanto podemos ir, fazendo coisas que não fazíamos antes.
Vocês já sabem quem vai tocar com o G3 depois dessa temporada com o Robert Fripp?
Satriani: Sempre temos dois ou três cenários para o G3. É difícil saber qual vai funcionar. Mas nós ficamos quietos até definirmos tudo.
Joe, você lançou o álbum “Is There Some Love In Space?” nesse ano, como tem sido a turnê?
Satriani: Fizemos alguns shows, com essa mesma banda. Mas a primeira turnê que fizemos foi na Europa, com o G3, com o Robert. Metade do set list já é com o material novo. Depois tocamos com o Deep Purple, nos Estados Unidos. Em outubro fizemos a parte da turnê sem bandas de abertura, tocando num show de três horas, quase todo o disco, e algumas músicas obscuras que eu não costumo tocar. Daqui voltaremos ao formato anterior para uma semana e pouco nos Estados Unidos, e depois Austrália e Nova Zelândia.
Você concorda que as músicas desse álbum não são tão velozes como antes?
Satriani: Às vezes você não quer esse tipo de música mais veloz. Quando eu estava compondo as músicas desse disco, observei o andamento delas, á medida em que ia fazendo. Quando você faz algo rápido, faz sons que talvez nem fiquem tão bons, e pela rapidez não percebe. O disco é definitivamente de rock, mas com um ritmo de “blues rock”, então os andamentos não ficaram tão velozes e nem tão lentos, mas médios. Um bom exemplo é a faixa título. Ela tem um “punch” bem rock, e o solo é bem rápido e interessante, porque a música tem seu próprio andamento. O mesmo aconteceu em “Searching”.
Você cantou em duas músicas, pretende cantar mais de agora em diante?
Satriani: Eu gravo umas 15 músicas instrumentais e duas ou três com vocais para cada projeto. No final, eu verifico quais ficaram melhores. Se o material cantado fizer parte do grupo das boas músicas, ele deve fazer parte do disco. Nesse caso, todos que estavam envolvidos gostaram das duas músicas com vocal. E encaixou certinho com a ideia que eu tinha que tinha que ser uma espécie de disco de rock misturado com blues elétrico.
Você acha que algumas músicas “pedem” vocais?
Satriani: Eu sempre penso em fazer com que o som da guitarra e as estruturas da melodia soem como vocais. Se eu não consigo, começo a pensar que a música precisa de vocal. Mas eu sempre me surpreendo, quebrando minhas próprias regras. Tudo pode acontecer e dar certo.
Steve, você está para lançar um novo álbum…
Vai: Sai no dia 22 de fevereiro, se chama “Real Illusions: Reflections”. É o primeiro de uma trilogia. O Joe já ouviu, quer falar algo sobre o disco?
Satriani: É um grande álbum e eu estou tentando ouvir de novo, ainda não me familiarizei. Eu gosto do material na parte em que há uma integração entre as partes rítmicas de guitarra e a música como um todo. Há várias músicas em que isso acontece e eu gosto desse tipo de trabalho. Alguns títulos eu ainda não decorei, mas há uma música, “Building The Church”, que é a minha favorita.
O que mais você pode adiantar, Steve?
Vai: São 11 músicas, é um disco do Steve Vai, outro presente de Deus. Acho que se você está na minha posição, você é muito sortudo, pelo fato de estar lançando discos há 20 anos, e as pessoas ainda estão interessadas em ouvir, porque sempre me desenvolvi. E temos a sorte de não precisar de grandes sucessos de rádio para nos manter.
Você não gostaria de comentar algo sobre uma ou outra música?
Vai: Neste disco eu usei esta banda que está comigo no G3, Jeremy Colson na bateria e Billy Sheehan no baixo. Este disco é bem o tipo de coisa que eu faço, talvez eu esteja indo um pouco mais fundo. Mas eu não sou o tipo de cara que fica descrevendo a música em detalhes.

Sem parar

Sem parar:
Soulfly 2012: Tony Campos (baixo), Max Cavalera (vocal e guitarra), David Kinkade (bateria) e Marc Rizzo (guitarra)
Soulfly 2012: Tony Campos (baixo), Max Cavalera, David Kinkade (bateria) e Marc Rizzo (guitarra)
Parece que aquela história de reunião com a formação clássica do Sepultura esfriou, mas Max Cavalera prossegue com uma saudade danada do passado. Talvez por causa das mil entrevistas que concedeu ao jornalista inglês Joel McIver, que revirou a história do músico para a biografia “A Boy From Brazil”, a ser lançada até o final do ano. Ou por conta de uma mini turnê que fez com o Soulfly em fevereiro, que passou por Goiânia, São Paulo e Rio (veja como foi), superando uma inesperada paralisia facial. O grupo não vinha ao Brasil desde 2000, quando fez um único show no Abril Pro Rock, no Recife. Ou ainda por ter voltado a trabalhar com o irmão Iggor no Cavalera Conspiracy. O projeto marcou a reaproximação depois do desentendimento na separação do Sepultura, em 1996.
Max sente saudades, mas não pára. Com o Soulfly, lança este mês o oitavo álbum, “Enslaved”, e sai numa turnê “carregada” mundo afora; ele acredita fazer uns 200 shows por ano. Inspirado na volta às raízes do Cavalera Conspiracy, o disco é pau puro, death metal de raiz como ele fazia no iniciozinho do Sepultura, só que bem produzido. Para matar o tempo livre, Max está desenrolando um projeto paralelo com o vocalista do Dillinger Escape Plan, Greg Pucciato, ainda sem nome, mas que já tem quatro músicas prontas. Um EP com o CC está nos planos, além de (viva!) uma turnê mais extensa pelo Brasil; o grupo tocou no País em 2010, no SWU (veja como foi), e abriu para o Iron Maiden, em São Paulo, no ano passado.
Mas o projeto que faz os olhos de Max brilhar com mais intensidade – mesmo que esta entrevista tenha sido feita por telefone – é a gravação de um disco no Brasil, quem sabe até no Estúdio Nas Nuvens, no Rio, de onde, com o Sepultura, ele saiu com o álbum “Beneath The Remains”. O disco, lançado em 1989, arrombou as portas do mercado internacional para o grupo. São essas e outras histórias que você lê logo abaixo, numa conversa exclusiva com o “garoto do Brasil”:
Rock em Geral: Como foi a turnê pelo Brasil, você curtiu? Matou a saudade do Circo Voador?
Max Cavalera: Muito, foi muito legal. Todos os shows da turnê foram legais, especialmente os do Rio e de São Paulo, que foram os melhores da turnê. Eu achei que o público estava muito legal, conectado com a gente. Era aquela coisa de saudade mesmo, de tocar com o público que você sente falta, onde não toca há muito tempo. Cantaram as músicas junto, foi uma coisa muito emocionante. No Circo foi muito legal mesmo. O Circo tá novo, tá mudado, tem camarim novo, mas é o mesmo Circo e isso continua. Vi amigos que eu não via há 20 anos, vi o Marcelo Vasco, que pintou a capa da gente, ele mora no Rio.
REG: E a biografia, Max? Conta como rolou:
Max: Estamos fazendo eu e o Joel McIver, que é inglês. Ele fez um livro para o Metallica que foi bem legal (“Justice For All: The Truth About Metallica”, 2004), os caras do Metallica adoraram. Fez do Cliff Burton (baixista do Metallica, falecido), do Randy Rhoads (guitarrista da banda de Ozzy, falecido), do Glenn Hughes. Ele é um cara que escreve para um monte de revista, é um nome legal. Ele me procurou e quis fazer esse livro. Eu achei bem legal, é um profissional, sabe fazer essa coisa bem. Aí comecei a fazer bastante entrevistas com ele, fiz umas mil entrevistas, falando sobre tudo, do passado, do que aconteceu, como eu cresci no Brasil, como foi a morte do meu pai, como foi começar o Sepultura. Como consegui o contrato com a Roadrunnner. Tive que viajar para os Estados Unidos de terno e gravata, com cabelo amarrado, como se fosse um executivo da Pan Am, que nem existe mais. Vai ter tudo isso no livro. A introdução vai ser feita pelo Dave Grohl, que é um músico que eu respeito e gosto muito. Ele é hoje um dos músicos mais famosos no mundo e ficou honrado de eu ter pedido a ele para fazer a introdução do livro. Ele é muito fã, de mim e do Sepultura, do Soulfly. Nós trabalhamos juntos no Probot (projeto heavy metal de Dave Grohl). Foi legal ele fazer a introdução e vai ter entrevistas com Sean Lennon, Tom Araya, Sharon Osbourne, essas pessoas fizeram entrevistas também e vai ficar um livro bem legal, é uma jornada nem legal.
REG: Ele ouviu o pessoal da época em que você estava no Sepultura ou preferiu fazer só com você?
Max: (pausa) Eu não tenho muito contato com os caras, então o Iggor vai estar no livro, um pouco com o Jairo também, que é o guitarrista das antigas. Mas como eu não tenho muito contato com o Paulo e com o Andreas (baixista e guitarrista do Sepultura, respectivamente), eu deixei meio de lado.
REG: Com relação ao disco novo, “Enslaved”, como estão as músicas? Parece algo bem do metal de raiz…
Max: Tá mais death metal (mesmo morando no exterior há muitos anos, Max continua pronunciando “détimetal”), tá mais estranho. É o espírito do som do Sepultura do inicio, só que bem gravado, porque a produção do “Morbid Visions” (disco do Sepultura de 1986) é muito tosca. Já o espírito das músicas é aquela coisa que eu adoro, que é o death metal bem tocado, com dois bumbos, e vem de muita coisa que eu escuto ainda, daquela época. Eu vi que tinha um lado meu me chamando para esse lado, para fazer o som mais animal, mais pesado, mais agressivo. E já que eu abandonei qualquer esperança de ter um hit single no rádio, já mandei tudo isso se fuder, então para mim é melhor ir para o lado mais extremo mesmo e botar pra fuder.
REG: Os discos do Cavalera Conspiracy já são um pouco assim…
Max: Eu acho que o Cavalera começou nessa coisa de metal mais extremo porque eu fiz com Iggor, e tem umas músicas de dois minutos, até meio hardcore, para o lado do metal hardcore, meio Minor Threat. Eu acho que o Cavalera influenciou o trabalho do Soulfly, mas esse lance de ir mais para o lado death metal foi uma ideia minha mesmo. Ouvindo essas coisas que eu ouvia no fim dos anos 80, no inicio dos 90, tipo Morbid Angel, Massacre, Death e Cannibal Corpse, essas bandas que eu gosto pra caramba, deu a ideia de fazer um disco desse tipo. E com as letras sobre a escravidão, a maioria delas fala sobre isso. É um tema meio que único no metal, não tem muitas bandas que põem a mão esse tema. Ficou uma coisa bem original, death metal com temas sobre a escravidão.
REG: Tem uma música sobre tráfico de drogas, que você canta em português…
Max: É sobre o Pablo Escobar. É a “Plata o Plomo”, que é uma gíria de drug dealer (traficante de drogas), que eles falam no México e na Colômbia. Ela foi feita por mim e pelo Tony (Campos, baixista). Ele toca numa banda de death metal chamada Asesino, com o Dino (Cazares, guitarrista), do Fear Factory, e ele tem um vocal bem animal, bem death metal, em espanhol. Eu tive a ideia de fazer uma música com ele cantando em português e ele em espanhol, misturando tudo, e fizemos sobre o Pablo Escobar, o rei da droga da Colômbia. Fala sobre a vida inteira dele, o cara quase virou presidente e matava todo mundo, era fora da lei desde moleque. Controlava o cartel de Medelín e muita gente o via como santo, mas tem gente que acha que ele era o diabo também. Eu li o livro que o irmão dele escreveu e tirei bastante ideia para fazer essa letra.
Max com o Soulfly esse ano, no Circo Voador, no Rio
Max com o Soulfly esse ano, no Circo Voador, no Rio
REG: Você já pensou em fazer um disco com mais letras em português?
Max: Já pensei, seria legal fazer um disco inteiro em português. Dá para cantar que fica legal, eu gosto das coisas em português, tipo Dorsal Atlântica, Ratos de Porão. Eu acho o português uma língua legal para o hardcore e para o metal, funciona bem a língua com a música, fica bem animal. Uma coisa que eu queria fazer no futuro é gravar um disco no Brasil. Eu até falei com o Iggor, que poderia ser um disco do Cavalera ou um do Soulfly, talvez uma volta ao som tribal, com muita percussão. Seria gravado no Brasil, com a percussão. É um dos planos que eu tenho para o futuro.
REG: O Soulfly tá no oitavo álbum, mas você sempre coloca músicas do Sepultura nos shows. Não dá para fazer um set só com músicas do Soulfly?
Max: Nós até já fizemos isso, na Europa. Teve alguns shows que eram um lance especial, para gravar, e era uma coisa só Soulfly, foi legal pra caramba. O lance de tocar coisas do Sepultura é um lance mais pessoal mesmo, uma coisa minha, porque eu sei que tem muita gente que quer ouvir clássicos tipo “Roots”, “Refuse/Resist”, “Troops of Doom”… o cara quer ouvir com a minha voz, é uma coisa entre eu e os fãs. Os mais velhos cresceram com essa música, eles querem ouvir com a voz original. Então eu faço isso para eles, para matar a saudade. É uma fase da minha carreira e isso me leva de volta a esse tempo que eu era do Sepultura, que eu gostava também. Eu curtia esse tempo que eu passei no Sepultura, acho que é por isso que continuo tocando essas músicas, uma mistura dessas coisas nos shows.
REG: O Zyon (filho de Max, que tocou bateria na turnê da América do Sul) vai continuar tocando com o Soulfly ou foi só essa turnê pela America do Sul?
Max: Ele tem a banda dele mesmo, que tá até no estúdio hoje, gravando uma demo, com o irmão dele, o Igor. O Zyon toca bateria e o Igor toca guitarra, e é bem legal, meio punk rock, parece um Nirvana mais pesado. Eles têm um som original, que é diferente, bem deles mesmos. Eles tão procurando o caminho deles. O Zyon é bom pra caramba, baterista fera, mostrou para mim, segurou a balada e levou a sério, tocou bem pra caramba na turnê da America do Sul. Mas agora é pegar o caminho dele, com a banda dele. Quero dar a força que eu puder dar para eles, mas eles têm que fazer a história deles, o caminho deles. Agora o Dave (Kinkade) volta para a banda, o baterista que gravou o disco, e vamos sair em turnê daqui a uma semana, para o México, e depois começa a turnê americana, é turnê até o fim do ano, Europa e o resto do mundo.
REG: Max, você toca pra cacete com o Soulfly. Quantos shows vocês fazem por ano?
Max: Bastante, acho que mais ou menos uns 200 shows, é turnê bastante carregada mesmo.
REG: Você viu que o Sepultura agora tá com um baterista bem mais novo?
Max: Eu ouvi dizer…
REG: Curioso que tanto o Sepultura quanto o Soulfly tenham um baterista mais novo no mesmo momento…
Max: O Dave nem é tão novo, tem quase 30 anos. (pausa) Mas o Zyon, que é novo, só tocou com a gente na América do Sul, não vai ficar na banda. O Dave vai ficar ao menos até o final do ciclo desse CD.
REG: O Soulfly já mudou muito de formação, mas o guitarrista Marc Rizzo vai completar dez anos de banda. Podemos chamá-lo de integrante fixo?
Max: O Marc é um cara que eu não queria mudar. Acho que ele é um cara muito fera, toca bem pra caramba, consegue tocar as coisas antigas, nota por nota e faz coisas novas comigo. Adoro os solos que ele faz com a banda, é bem criativo, é um guitarrista sólido e é um dos caras que é meio parceiro. Acho que o Soulfly é meio a banda minha e do Marc, e é uma coisa que eu não queria mudar. Os outros membros podem mudar, bateria e baixo pra mim é uma coisa que pode mudar de novo, mas o Mark é um cara que eu gostaria que continuasse.
REG: O projeto com o Greg Pucciato, do Dillinger Escape Plan, como anda?
Max: Tá saindo, já fizemos quatro musicas, ensaiamos lá em Los Angeles, com o baterista do Mars Volta, que é um baterista fudido, bom pra caramba. As quatro ficaram legais e agora a gente tá vendo quando vai ensaiar de novo para fazer outras músicas, até fazer o disco inteiro e entrar num estúdio no futuro para gravar, com alguns convidados. Tem que achar um baixista, outro guitarrista para fazer uns solos, juntar esse povo inteiro. É um projeto meio Nailbomb, que eu fiz com o Alex. Eu vou dividir o vocal com o Greg, cada um faz uma parte, misturando. Muita gente me pergunta se vou fazer alguma coisa tipo Nailbomb de novo e veio essa ideia de fazer o projeto com o Greg.
REG: O som é tipo Nailbomb?
Max: É meio baseado no Nailbomb, vai ter coisa industrial, coisa de bateria eletrônica com samplers. Umas coisas que não se ouve hoje em dia no metal. E o meu vocal com o do Greg tem um lance bem legal que é o contraste. Minha voz é de um jeito e a dele é totalmente diferente, é mais “high pit”, mais aguda, e combina com a minha voz. A música “Rise of the Falling”, que fizemos no “Omem” (disco de 2010), do Soulfly, somos eu e o Greg cantando juntos. Ficou muito legal, é uma das músicas mais legais que eu já fiz. Eu pensei num CD inteiro com a vibração dessa música, seria um lance bem forte. E eu gosto do Dillinger, do Greg, ele tem uma vibe legal, é bem agressivo ao vivo, pula no público. Os caras ao vivo são a maior destruição. Temos que achar um nome e deve rolar o CD, gravado esse ano ainda para sair no ano que vem.
REG: Algum outro projeto agulhado? Disco novo do Cavalera Conspiracy?
Max: Agora tenho que terminar essas turnês para poder achar um tempinho para fechar esse lance com o Greg. Para o Cavalera ainda tá meio cedo. O Igor teve uma ideia de fazer um EP só com quatro músicas, bem hardcore, bem animal, só eu e ele, tocando tudo, todos os baixos e guitarras. Estamos vendo se vamos elaborar mais, e, se for rolar, talvez vamos gravar no Brasil, no estúdio Nas Nuvens.
REG: Lá onde vocês gravaram o “Beneath The Remains”, com o Sepultura…
Max: Isso! O clima é muito legal. A gente gravou num horário ruim, que era de meia noite às sete da manhã. E o sol do verão do Rio matando a gente, num hotel sem ar condicionado. Ficávamos suando no hotel o dia inteiro e depois ia gravar de noite, metal a noite inteira. Muito legal as lembranças desse tempo.
REG: Pelo jeito vocês devem voltar ao Brasil mais vezes para tocar…
Max: Tem inclusive uma proposta para tocar com o Cavalera em agosto, vamos ver se rola com uns dez shows.
Iggor e Max Cavalera juntos com o Cavalera Conspiracy, no SWU de 2010, em Itu, interior de São Paulo
Iggor e Max Cavalera juntos com o Cavalera Conspiracy, no SWU de 2010, em Itu, interior de São Paulo

Um apanhado do SXSW Music 2012

Um apanhado do SXSW Music 2012:
O Dudu Fraga esteve no SXSW e, além da cobertura muito legal sobre a parte de cultura digital do festival pro Link, fez um apanhado da parte de música do evento para o URBe. Conta aí, Dudu:
“São mais de 2 mil shows oficiais (e certamente outros 2 mil não oficiais) divididos entre 6 dias de total imersão na pacata cidade de Austin no Texas. Diferente de outros festivais de música, no South by Southwest não existe um único local onde os shows acontecem.
“Os mais diferentes lugares da cidade (bares, estacionamentos, lobby de hotel,….) viram palcos e a cidade toda respira o festival. É como se fosse o carnaval de rua do Rio (sem poder beber na rua e, consequentemente, sem pessoas fazendo xixi em qualquer lugar), todo mundo circulando atrás de um show.
“Essa atmosfera da cidade é uma das principais características do SXSW, é impossível não ser absorvido pela energia jovem, ousada e inconseqüente que a cidade é tomada, ainda mais em pleno Texas. Junta-se a isso artistas de variados estilos (da música latina, passando pelo reggae, hip hop, rock, folk, eletrônica) de variados tamanhos, porém sempre com uma pegada mais independente, e lugares pequenos (somente dois ou três lugares são para mais do que mil pessoas).
“Esse é o SXSW, um festival onde você assiste ao Gossip para não mais do que 50 pessoas e onde facilmente você esbarra e troca uma idéia com o artista que acabou de tocar.
“Incluindo os shows que assisti na parte do Interactive (festival de cultura digital que acontece antes do festival de música) foram mais de 40 shows. Entre descobertas, indicações, bandas que eu já gostava e, claro, grandes furadas escolhi os 10 que mais me chamaram atenção, sem nenhuma ordem de importância.”
Ano que vem tô lá.
Leia as mini resenhas do Dudu e assista os vídeos de algumas das atrações depois do pulo.


Dale Earnhardt Jr. Jr. - Dupla de Detroit que tem dois EPs de 2010 e lançou um álbum em 2011, o “It’s Corporate World”. O show deles é ótimo, uma boa energia e a galera já cantava várias de suas músicas.

Beach Fossils - banda de rock do Brooklin que já tem 2 álbuns. O show foi num club pequeno para umas 60 pessoas que eles colocaram para dançar do começo ao fim.

Daedelus - Produtor americano do selo Ninja Tunes fez um show de música eletrônica super pesadoe experimental tocando um monome.

Fiona Apple - Uma das artistas mais conhecidas do lineup do SXSW fez um show no Stubb’s, um dos maiores palcos. É impressionante a dedicação e entrega dela para o show. Em cada música parecia que ela doava todas suas energias.

Bomba Estéreo - A mistura de música eletrônica com ritmos latinos dos colombianos do Bomba estava super afiada. A vocalista Liliana Saumet estava endiabrada e colocou os americanos para dançar como latinos.

Leif Vollebekk - Músico folk de Montreal fez um show bonito numa das igrejas da cidade. Os shows nas igrejas são clássicos do SXSW. Mais acústicos esses shows acontecem todas as noites do festival das 19h até as 2h da manhã. Esse ano teve artistas como M.Ward e a própria Fiona Apple.

Grimes - A canadense Claire Boucher de 24 anos é extremamente talentosa e fez um ótimo show< de música eletrônica no espaço do Google Play, no último andar de um estacionamento.

Michael Kiwanuka - O inglês candidato a sensação do ano fez um show extremamente intimista com suas letras e voz impactante.

Quantic and Alice Russell - O projeto do músico, DJ e produtor Quantic com a cantora Alice Russell tem uma pegada funk soul dançante ótimo de assistir. A banda que a acompanha o projeto é um metade do show

Nneka - Descoberta do festival. Meio nigeriana e meio alemã, essa cantora e compositora canta um reagge/hip hop/soul com letras fortes fazendo o estilo da Erykah Badu. Valeu a noite.

Iron Maiden: show completo da banda no Monsters of Rock '92

Iron Maiden: show completo da banda no Monsters of Rock '92:
A edição de 1992 do festival "Monsters of Rock" foi promovida nas cidades de Barcelona - Espanha e Reggio Emilia - Itália, entre os dias 12 e 19 de setembro daquele ano. O line up contava com outras bandas de peso como BLACK SABBATH, MEGADETH, PANTERA e WARRANT.
Os ingleses do IRON MAIDEN se apresentaram na Itália em 12 de setembro e dois dias depois na Espanha. Naquele tempo, a banda vivia os ares do recém lançado álbum "Fear of the Dark" e exibia grandes performances nos palcos mundo afora. O show, com duração aproximada de uma hora e trinta minutos, foi uma mescla de clássicos com algumas das canções - então inéditas - do seu último trabalho de estúdio.


Mexico Hosts 13th Ibero-American Musical Culture Festival “Vive Latino”

Mexico Hosts 13th Ibero-American Musical Culture Festival “Vive Latino”:
[All links lead to Spanish-language websites unless otherwise noted]
Mexico City remains the headquarters for its 13th Ibero-American Musical Culture Festival “Vive Latino” which will take place March 23, 24 and 25, 2012. Vive Latino is mainly a festival of international music, although this time around, there will also be presentations of documentaries as well as crafs and other memorabilia for sale.
Through their Twitter account, @vivelatino event organizers have kept attenders and other interested persons up to date on details of the on-going development of the event.
In turn, the blog Sopitas has taken it upon themselves to draw up a guide for those who plan on attending the event. Their suggestions can be seen in the following paragraph:
Recomendamos portar un buen bloqueador solar a todo momento, y sobre todo un buen rompevientos que te pueda proteger del frío y sobre todo, de la lluvia.
Por otra parte, si van acompañados, muchas veces los gustos de cada quién hará que se separen según las distintas presentaciones de las bandas. Por lo tanto, les recomendamos siempre tener un punto de encuentro, mismo que les servirá durante los tres días de festival, pues como sabemos, las líneas telefónicas suelen saturarse y complicar aún más las cosas, así que nada como tener un punto de encuentro predeterminado para regresar ahí al extraviarse o separarse de los cuates (cosa que sucede fácilmente en éste festival).
El Festival de Documentales Ambulante también estará presente con su propia carpa, aquí podrán conocer su selección.
We recommend bringing a good sunblock, and above all, a good windbreaker that can protect you against the cold, and especially the rain.
If you're going with a big group of friends, everyone's likes of different band performances might be something that can cause separation from the group. Therefore, we always recommend having a meeting point that will remain the same for the entirety of the three days of the festival. At these kinds of events, telephone lines are usually flooded and will complicate things even more if there is no predetermined point to return to in the event of getting lost or being separated from your friends (a thing that happens easily and frequently in this kind of festival).
The Travelling Documentary Festival will also be there with its own tent, in order for you to become acquainted with their selection of documentaries.
Several days ago,Toni François (@tonifrancois) shared images that he had obtained from previous festivals:
El viernes ya empieza el @ViveLatino, aquí les dejo los links de las fotos que he tomado en este festival desde 2006 http://bit.ly/GHVHjU
@ViveLatino begins on Friday. Here are some links to some photos that I have taken of this festival since 2006:  http://bit.ly/GHVHjU

Poster Vive Latino 2012
Vive Latino has generated a lot of excitement amongst music lovers. Such is the case of Natalia Ruiz (@WTHnatho), who commented:
Ya les dije?! Mañana es el Vive Latino 2012!!!
Have I told you?! Tomorrow is Vive Latino 2012!!!
Several other users, such as Esau Granados (@esaugranados), made the most out of Twitter in order to re-sell tickets:
Me sobran 2 tickets para el #VL12 Viernes! Poquito más barato que en taquilla, llévelo llévelo! (RT POR FAVORCITO)
I have two extra tickets to #VL12 on Friday! Selling them cheaper than the box office, take them, take them! (PLEASE!)
Other users, such as @pocosfologuers, joked about the celebration of the festival coinciding with visit of the Catholic Pope:
¿Alguien sabe en que escenario va a estar el Papa, en el Vive Latino?
Anybody know which part of Vive Latino the Pope will be in?
There have also been negative posts made about the festival. Ian (@ParachuteOnFire) spoke out with his opinion of commercial Mexican music:
La culpa no la tiene el Vive Latino sino este país y su incapacidad de producir rock de calidad
It isn't the fault of Vive Latino, but rather this country and its inability to produce quality rock music
Others, such as @Lillith_Crown, who are unable to obtain tickets for the festival, express their frustration over Twitter:
Ash, no quería llegar a este extremo pero… mi reino por boletos para el viernes #VL jojojoj es viernes, caray!!
I didn't want to get to this point but…my kingdom for tickets to Friday at #VL lolololol it's Friday, good heavens!!
The festival, which will be 13th of its kind, will contain more than 110 bands from various countries such as Mexico, Argentina, Chile, Spain and England. You can find the complete line-up of bands here.
Written by J. Tadeo · Translated by Rebecca Knaggs
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Jack White, o ‘homem das mil bandas’, agora caminha solo

Jack White, o ‘homem das mil bandas’, agora caminha solo:
RIO - Jack White sempre foi um homem de várias bandas. O multiinstrumentista que chegou ao alto do pop com o duo White Stripes, formado por ele e sua ex-mulher, Meg White, fundou também as ótimas bandas The Raconteurs e The Dead Weather, todas elas calcadas no blues e no hard rock. Agora, um ano depois do fim dos White Stripes, o artista, considerado um dos grandes guitarristas da história, está às voltas com o lançamento de seu primeiro disco solo, chamado "Blunderbuss".
Gravado no estúdio no quintal da casa do músico, em Nashville, no estado americano do Tennessee, o álbum vai ser lançado dia 23 de abril pelo selo do próprio White, o Third Man Records. Dois singles já foram divulgados: a pesadona "Sixteen Saltines" e a balada "Love interruption". Em um comunicado, o artista falou um pouco sobre a nova fase. "Evitei fazer discos sob meu nome por muito tempo, mas essas músicas só poderiam ser lançadas sob meu próprio nome. Elas foram escritas do zero, sem nada a ver com qualquer outra pessoa ou qualquer coisa além da minha expressão".

Fita cassete faz 50 anos e resiste ao digital através de pequenos selos

Fita cassete faz 50 anos e resiste ao digital através de pequenos selos:
RIO - Uma charge que circula pela internet mostra um walkman de capa e capacete pretos falando para um iPod branco: "I am your father" (Eu sou o seu pai), numa alusão à célebre frase de Darth Vader para Luke Sywalker no filme "O império contra-ataca", de George Lucas. A brincadeira ganha um sentido todo especial em 2012, quando a fita cassete completa 50 anos. Enquanto o aparelho criado da Sony parou de ser produzido no Japão em sua versão original em 2010, a pequena fita cassete, inventada pela Philips em 1962 e carinhosamente apelidada de K7, resiste ao seu fim várias vezes anunciado.
Em pleno reinado dos players digitais, ela respira sem a ajuda de aparelhos, mantendo-se através de pequenos selos no Brasil (como o mineiro Pug Records) e no exterior, sempre em tiragens limitadíssimas. Além disso, sua imagem e seu formato ainda inspiram de aplicativos — como o Stereolizer, que simula um rack de gravação em cassete — a obras de arte — como as criações da artista americana Erika Iris Simmons, feitas com pedaços de fita —, além de vários produtos de consumo pop.
— Sou louco por fitas cassete e tenho uma grande coleção que escuto no toca-fitas que ainda tenho no carro. Meus caronas nem acreditam quando descobrem isso — garante o cantor americano de folk rock Kurt Vile, que se apresenta no dia 13 de abril, no Circo Voador, ao lado de Thurston Moore, do Sonic Youth, autor do livro "Mix tape: The art of cassette culture", lançado em 2005. — Quero fazer como os meus amigos do Dinosaur Jr. e relançar meus discos em cassete. Esse formato é parte da História da música.
Vile se refere à iniciativa do Dinosaur Jr, um dos mais amados grupos de rock alternativo dos Estados Unidos, que relançou, no fim do ano passado, três álbuns no hoje inusitado formato de fitas cassete. Intitulada "The cassete trilogy", a caixa, de apenas 500 cópias, trazia os discos "Dinosaur", "You’re living all over me" e "Bug".
Em 2011, outros dois grupos também entraram nessa onda retrô. O Animal Collective lançou uma fita cassete com quatro músicas inéditas. O Of Montreal foi mais longe e lançou, em outubro, uma caixa (de madeira) contendo dez discos da banda em versão cassete. As iniciativas replicam, de certa forma, uma outra, bem anterior, feita pelo Radiohead, que, em 1997, quando os CDs já dominavam o mercado, lançou "Ok Computer" também nesse formato — a fita pode ser encontrada, ainda hoje, na Amazon.
Dois anos depois, já escasseando nas lojas, a fita cassete foi o meio encontrado por um grupo brasileiro para se lançar para o estrelato indie.
— Na época, uma cópia em CD não era tão fácil ainda. Marcelo (Camelo) e eu colecionávamos fitas-demo das bandas de que gostávamos; esse era, então, o meio mais natural para a gente lançar o Los Hermanos — conta Alex Lerner, produtor do grupo. — As fitas eram feitas manualmente num double-deck lá de casa. Todo o dinheiro que ganhávamos com a venda era reinvestido na compra de novas TDK 60.
— Lembro que lançamos três fitas: duas com cinco músicas inéditas em cada e uma coletânea das duas — completa o baterista Rodrigo Barba. — Eu tenho um 3 em 1 no qual ainda dá para escutar todas essas fitas.
A iniciativa do Los Hermanos de se lançar através de fitas cassete em 1999 não parece muito nostálgica ou distante para Amanda Dias, André Medeiros e Eduardo Vasconcelos, o trio responsável pela gravadora Pug Records. Criada em Juiz de Fora em 2010, ela é especializada em lançamentos no formato. Impulsionada pelo interesse do público em lançamentos analógicos (dos quais os vinis são os mais fortes representantes), a Pug já lançou fitas de bandas independentes, como Coloração Desbotada, Top Surprise e a apropriadamente chamada Duplodeck.
— As fitas cassete não foram a última alternativa para lançar $selo. Na verdade, foram a primeira — conta Eduardo Vasconcelos. — Embora tenhamos em torno de 25 anos e sejamos da geração MP3, achamos esse formato muito atraente. Ninguém valoriza comprar MP3. A fita é uma forma de as pessoas ouvirem a música de forma não banalizada, numa ordem proposta pelo artista. Além disso, há todo o fetiche em torno da fita, do ato de apertar o "play" e o "pause".
Boa parte da produção da Pug Records — que também lança seus artistas em formato MP3 — é distribuída nos Estados Unidos por uma gravadora irmã, a Lost Sound Tapes. Baseada em Seattle, ela faz parte de um pequeno grupo de nanicas — Joyful Noise e Croked Beat Records, entre $— que mantém o formato vivo nos EUA, apesar das estatísticas pouco favoráveis. Segundo uma pesquisa da Nielsen SoundScan, foram vendidas 22 mil fitas cassete nos EUA em 2011, um número irrisório se comparado com as 442 milhões de unidades vendidas em 1990.
— As fitas cassete nunca desapareceram, elas apenas não são mais registradas pelo >sav<mainstream — diz Jon Manning, que fundou a Lost Sound Tapes em 2005. — Elas permitem a audição de um disco de forma linear, valorizando o álbum como um todo. Claro que o mundo está caminhando rumo ao digital, mas há também essa pequena reação dos analógicos. Por isso, não me sinto um lobo solitário no mercado.
A sobrevida das fitas cassete em tempos digitais pode estar virando traço nas estatísticas do mercado, mas tem chamado a atenção de jornais como "Washington Post" e "Guardian", e revistas como "Spin" e "Rolling Stone", que publicaram recentemente reportagens sobre o assunto.
Documentário em produção
Um enviado da CNN ao Zimbábue mostrou que no país africano as fitas cassete — que, numa medida extrema e muito criticada, foram banidas do "Dicionário Oxford" — ainda são o formato dominante. Devido à frágil economia do país, boa parte da população não migrou para os CDs e muito menos para os tocadores de MP3. Por isso, as fitas são o meio escolhido por ar$locais para divulgarem seus trabalhos.
A reportagem da CNN mostra ainda que elas são valorizadas também por dificultar a pirataria — ironicamente, no começo dos anos 1980 as gravações caseiras em fitas cassete foram combatidas pela indústria fonográfica americana, através da controversa campanha "Home tape is killing music" ("Gravações caseiras estão matando a música").
Foi essa irregular e fascinante trajetória que motivou os diretores Zack Taylor e Seth Smoot a criarem o projeto do documentário "Cassette". Previsto para ser lançado até o início de 2013, ele vai contar a influência das fitas no rock alternativo e no hip-hop, incluindo também uma visita ao Zimbábue.
Enquanto isso, as fitas seguem povoando o universo pop, em vários produtos, de bolsas a capa protetoras para iPhones ou iPods. Um uso bastante criativo das fitas tem sido feito pela artista plástica americana Erika Iris Simmons. Na série "Ghosts in the machine", ela recria imagens de ícones da música pop (Bob Marley, John Lennon, Jimi Hendrix etc) usando apenas fitas coladas em telas brancas.
— Adoro a ideia de pegar uma fita cassete e tirar de dentro dela uma imagem conhecida — conta Erika, que se diz influenciada pelo trabalho de Vik Muniz. — Não sou nostálgica, mas sou apaixonada por fitas cassete. A emoção de ouvir uma música no rádio e correr para o gravador para capturá-la me fascina até hoje.

Dancing Shoes, a festa do Move no 185, chega a sua quarta edição em Uberlândia nesse sábado

Dancing Shoes, a festa do Move no 185, chega a sua quarta edição em Uberlândia nesse sábado:
A quarta edição da Dancing Shoes tá chegando! E a noite de sábado no clube 185, em Uberlândia (MG), será regada ao som das melhores novidades que passam por essas linhas – e complementada pelo clima de pré-Lollapalooza. Afinal, estaremos a uma semana do festival brasileiro mais esperado de 2012 até agora.
Pra dar aquela bombada e fazer você entrar na casa já animado pra dançar até o pé ficar inchado, bolamos uma promoção etílica imperdível: chegue na Dancing Shoes trajando camisa de uma das atrações do Lollapalooza e ganhe, no ato, uma dose de Jägermeister. A lista de bandas e artistas tá aqui.
Tomando conta da parte sonora da coisa toda, estará uma discotecagem tripla do Move That Jukebox, comigo, Hick Duarte e Bruna Dourado, além da dupla-parceira Chelo e Ageu, disparando clássicos e novidades do indie rock, electro, pop e afins.
Serviço:
Neto Rodrigues

www.movethatjukebox.com
Hick Duarte

www.fiestaintruders.com
Bruna Dourado

www.okannie.blogspot.com.br
Chelo + Ageu
Flyer grande: www.clube185.com/agenda/sabado-dancing-shoes

Fotos: www.fiestaintruders.com

Fotos da edição anterior: www.bit.ly/dancing-shoes-3
PROMOÇÃO DA NOITE: Vá com a camiseta de alguma das bandas que vão tocar no Lollapalooza Brasil e ganhe uma dose de Jägermeister na entrada! A propósito, as atrações são as seguintes:

http://lineup.lollapaloozabr.com/?sort=day
Ingressos:
$10 entrada ou

$25 revertidos em consumação confirmando presença neste evento.

(Não vale pra quem dá “Talvez/Maybe”, falou?

Lista válida até 1h da manhã; após 1h, entrada = $15)
www.movethatjukebox.com

www.clube185.com

6º ARCA DO ROCK

6º ARCA DO ROCK
Foto depois da festa.