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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Uma celebração ao peso e a irreverência no Rock

Uma celebração ao peso e a irreverência no Rock:

Apesar da chuva que não deu muita trégua, o que predominou no 3ª dia do SWU foram o peso e a irreverência.


Após as apresentações enérgicas de Duff McKagan's Loaded e Down, 311 e Black Rebel Motorcycle Club agitaram o público no início da noite, apenas uma preparação para as pauladas que viriam a seguir.


Em seguida foi a vez do Sonic Youth fazer aquela que pode ter sido sua última apresentação, ao menos por aqui. Isto porque o casal Kim Deal e Thurston Moore, que comandam a banda, anunciaram há um mês que estavam se divorciando, colocando assim o futuro do grupo em suspeita. O show trouxe o peso e distorção de sempre, bem característicos do grupo que é um dos pais do chamado Indie Rock, ou o Rock alternativo, cheio de microfonias e saturação. Ao final da apresentação, que teve clássicos como Sugar Kane e Sister, Moore agradeceu ao público e disse que espera revê-los em breve, dando esperança aos fãs de que a banda não acabe.


Gênio


Apesar de bem pouco conhecido no Brasil, o Primus tem seus fãs fieis, muito graças a figura do vocalista e baixista Les Claypool. Tido como um dos melhores contrabaixistas da história do Rock, Claypool desenvolveu estilo e técnica única, faz solos como os de guitarra e tira sons tão complexos e cheios de seu instrumento que dá a impressão de haver uma gravação tocando por baixo. O trio tocou clássicos de seu repertório como Jerry Was a Racer Car Driver e John the Fisherman, levando o público ao êxtase.


Do experimentalismo para o Metal, o Megadeth mostrou mais uma vez porque é cultuado como um dos nomes mais importantes do gênero, Dave Mustaine comandou o massacre sonoro, uma avalance de riffs ultra-pesados e solos cortantes no melhor estilo Thrash Metal. Clássicos como Peace Sells (But Who's Buying?), Sweating Bullets e Hangar 18, que fechou a apresentação, foram intercalados com mega-hits como Trust, A Tout Le Monde e Symphony of Destruction, arrasador!


O Stone Temple Pilots subiu a palco como uma das atrações mais esperadas da noite, Scott Weiland e companhia também souberam aproveitar os anos de estrada e enfileiraram seus diversos sucessos, músicas como Plush, Big Bang Baby e Vasoline foram cantadas por todos os presentes. O mesmo ocorreu com o Alice in Chains, os ícones da onda Grunge na década de 90 conseguiram reunir a maior concentração de fãs da noite e talvez por isto também fizeram o show mais longo. Debaixo de chuva constante, Willian Duvall, o vocalista que substituiu Layne Stanley, falecido em 2002, mostrou que não só canta muito bem, como lembra bastante o timbre original das canções, principalmente como o apoio do guitarrista Jerry Cantrell, que cantou algumas sozinho. E apesar da chuva ter desanimado e cansado um pouco a maior parte da plateia, o coro e a massa pulando durante Man in the Box, Would, No Excuses e outros clássicos da banda fez parecer que este detalhe não estava atrapalhando em nada...


O samba do gringo doido


Pra fechar bem uma noite com tantas apresentações incríveis, nada mais apropriado como o insano Faith no More. O grupo transformou o palco em uma espécie de terreio, com os músicos vestidos de branco e Mike Patton lembrando a figura de uma pai de santo. O tresloucado frontman provou novamente porque é uma das figuras mais carismáticas do Rock, falou em portugês durante todo o show, não apenas o trivial "boa noite, tudo bem e obrigado", mas fez comentários até sobre o mau tempo e cantou a balada Evidence em nossa língua. Em meio a uma profusão de palavrões, muito mais cômicos que ofensivos, o vocalista comandou o público em sucessos da banda como Epic, Easy, Digging the Grave, mas deixou vontade ao não tocar grandes hits como Edge of the World, Falling to Pieces e We Care a Lot. Enfim, um grande e impressionante show para fechar um evento de igual magnitude e importância. E que venha o próximo SWU, quiçá sem chuva!


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6º ARCA DO ROCK

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Foto depois da festa.