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quinta-feira, 30 de junho de 2011

Poetas Marcelo Dolabela e Ricardo Aleixo apresentam performances na Pampulha com participação de Chacal

Poetas Marcelo Dolabela e Ricardo Aleixo apresentam performances na Pampulha com participação de Chacal: "

Sara Grunbaum

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Material gráfico integra exposição sobre poesia marginal e movimento estudantil, que se encerra no dia 22



Performances de Marcelo Dolabela e Ricardo Aleixo, a volta do poeta Chacal e uma oficina de poesia marginal marcam o encerramento da programação do ciclo do programa Sentimentos do Mundo na próxima quarta-feira, 22 de junho, às 10h30, no auditório da Reitoria da UFMG, campus Pampulha.



Com o tema poesia marginal e movimento estudantil, o carioca Chacal apresentou um recital no dia 7 de junho e volta à UFMG para prestigiar os colegas. “Gosto muito de Belo Horizonte, sou sempre muito bem recebido na cidade. Também gostei muito do Sentimentos do Mundo e quero estar presente para assistir à apresentação do Marcelo e do Ricardo”, conta. “Se for do desejo dos organizadores do evento e do público, também vou fazer uma nova apresentação”, completa Chacal.



A oficina de poesia marginal acontecerá antes e depois das performances, no hall da Reitoria, e dará aos participantes a oportunidade de reviver como foi a poesia marginal. Os organizadores levarão poesias dos três poetas e instalarão uma máquina de fotocópias para que os participantes possam selecionar suas poesias. “A ideia é que eles montem seus próprios livrinhos, façam suas antologias, para dar um gostinho de como era na década de 70”, salienta Ana Caetano, curadora do Sentimentos do Mundo.



Exposição

Também no dia 22 será encerrada a exposição de imagens e poemas Marginália e Experimentação: Poesia e Movimento Estudantil, que pode ser vista de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, no saguão da Reitoria. Realizada em parceria com o Projeto República da UFMG, a exposição é o embrião de um livro que será lançado em 2012 sobre o movimento estudantil na UFMG entre 1974 e 1984 e a produção poética do período. A mostra tenta resgatar os múltiplos vínculos entre ambas as formas de experimentação e de resistência política e cultural, com a exposição de material gráfico como cartas, programas das diversas chapas de DCEs e DAs, livros, jornais e revistas produzidos no período pelos militantes do movimento estudantil e pelos poetas.



A propósito do livro, o Projeto República está colhendo informações e doações relacionadas aos movimentos estudantil e poético das décadas de 1970 e 80 na UFMG.



A escolha do tema da segunda edição de 2011 do Ciclo de Conferências Sentimentos do Mundo se deve ao resgate que vem ocorrendo nos últimos anos sobre a ditadura militar e suas sequelas. A curadora do Sentimentos do Mundo, Ana Caetano, destaca que os elos entre a poesia marginal e as manifestações estudantis são históricos e permitem uma investigação iluminadora do papel da cultura e mais especificamente da voz dos poetas e estudantes nos grandes movimentos de contestação da juventude em um tempo em que ser criativo e de esquerda era também ser marginal. “Chacal, Marcelo Dolabela e Ricardo Aleixo participaram desse período com produções independentes e muito particulares. Nem sempre ligados diretamente ao movimento estudantil, mas certamente compartilhando espaços, reivindicações e o espírito da época, os três construíram uma obra hoje reconhecida nacional e internacionalmente”, salienta.



Desde 2007, a Universidade realiza conferências e performances de intelectuais e artistas brasileiros e estrangeiros, de várias áreas do conhecimento. O Sentimentos do Mundo já recebeu, entre outros, os cantores Maria Bethânia, Arnaldo Antunes, o escritor moçambicano Mia Couto e os cineastas David Lynch e Manoel de Oliveira. Também já se apresentaram grupos Corpo, Giramundo, Galpão, Uakti e a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Outras informações estão disponíveis no site www.ufmg.br/sentimentosdomundo.



Os poetas

Marcelo Dolabela é escritor, roteirista e músico, e tem pós-graduação em literatura brasileira pela UFMG com trabalho sobre Dolores Duran. É mestre em comunicação pela Universidade São Marcos. Já teve trabalhos de arte postal expostos em salões nacionais e internacionais. Produziu o texto do premiado curta-metragem Uakti – Oficina instrumental, de Rafael Conde. Também atuou como roteirista dos filmes Arnaldo Batista maldito popular brasileiro e Adeus, América, ambos de Patrícia Moran.



Como músico integrou bandas como a Sexo Explícito, que teve entre seus integrantes John Ulhoa, atual integrante do Pato Fu. Tem mais de 30 livros de poesia publicados e autointitula-se 'dadamídia', devido à característica de seus espetáculos, e lidera o grupo poético-musical Caveira, My Friend. É autor do ABZ do rock brasileiro, a principal referência enciclopédica para o rock brasileiro até a década de 2000, quando a internet se popularizou, e citado em trabalhos acadêmicos. O livro tem vários prefácios, escritos por Arnaldo Antunes, Zé Rodrix e Tony Campello.



Nascido em 1960, o belo-horizontino Ricardo Aleixo é poeta, músico, produtor cultural e artista plástico, e lançou seis livros de poesia: Festim (1992), A roda do mundo (1996, em parceria com Edimilson de Almeida Pereira), Quem faz o quê? (1999), Trívio (2002), Máquina zero (2004) e Modelos vivos (2010). Ricardo é também professor de Design Sonoro na universidade Fumec. Como solista ou integrante da Cia. SeráQuê? e do Combo de Artes Afins Bananeira-ciência, já se apresentou na Argentina, na Alemanha, em Portugal, na França e nos EUA. Desde julho de 2007 concentra suas atividades de criação e pesquisa no Lira (Laboratório Interartes Ricardo Aleixo/Liga de Invenção da Resistência Ativa), onde também oferece oficinas, cursos e aulas particulares nas áreas em que atua. Já organizou exposições e espetáculos como compositor e performer pela Cia. SeráQuê?



Serviço

Ciclo de Conferências Sentimentos do Mundo

Dia 22/6, 10h30 – auditório da Reitoria da UFMG

Performances poéticas – Marcelo Dolabela e Ricardo Aleixo, com participação de Chacal, e oficina de poesia marginal antes e depois das performances



Dia 22/6, 17h – saguão da Reitoria da UFMG (não abre no sábado e domingo)

Encerramento da exposição Marginália & Experimentação: Poesia e Movimento Estudantil



(Assessoria de Imprensa da UFMG)

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Foto depois da festa.