Os Skunk Anansie são uma espécie de sobreviventes no universo rock n’ roll. Após quase uma década de interregno, o grupo voltou, convictamente, aos palcos e aos discos de estúdio – no verão deste ano lançou “Black Traffic”, sucessor de “Wonderlustre”, primeira aventura discográfica pós-hiato -, mas continuam a ser as suas músicas mais antigas – leia-se os singles You Follow Me Down e Secretly, por exemplo – as que provocam um maior histerismo e arrepios na espinha de quem os continua a seguir atentamente, em palco, onde desfilam glamour e atitude como poucos. A mais recente digressão europeia da banda passou ontem pelo Coliseu dos Recreios. Hoje é a vez da Invicta receber Skin e companhia.
Foi perante uma sala composta que Skin se apresentou em palco, envergando uma fatiota cheia de penas, tão brilhantes, que ofuscavam qualquer outro elemento da banda, como já vem sendo habitual. A sua voz surge tal e qual como a conhecemos, nos anos 90, sendo que o carisma dos 45 anos de idade lhe confere um mistério mais aguçado.


Com a simpatia e a energia no máximo, os Skunk Anansie dão, contudo, provas que o palco ainda é a sua casa, o seu lar. Os últimos acordes de I Can Dream são cantados no meio do público, com Skin a abraçar uma fã, e Because Of You, outro dos grandes êxitos do grupo, é ecoado por todo o Coliseu, que despede-se, temporariamente, do coletivo ao som de uma também mui celebrada Charlie Big Potato.




Recentemente, o coletivo londrino afirmou, numa entrevista, ser a banda mais detestada do Reino Unido. Em Portugal, pelo contrário, são uma das mais acarinhadas. Mesmo com um presente não tão risonho no que a hits respeita, o passado da banda faz, por cá, a diferença.


















Fotografias: Manuel Casanova
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