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sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Christmas Club @ Hard Club, dia 2: segundo dia repleto de surpresas

Christmas Club @ Hard Club, dia 2: segundo dia repleto de surpresas:

A segunda noite do Christmas Club começou com os portuenses Salto. Esta foi uma noite um pouco menos povoada pelo público da Invicta, no entanto, a julgar pela «pica» dos dois protagonistas em palco, ninguém diria que isso terá influenciado, de alguma forma, a sua prestação. Estes moços não se deixam intimidar - coragem é coisa que não lhes falta.

Sim, porque nos dias que correm é preciso ter coragem para fazer um milkshake do rock, do pop e da electrónica, tudo na mesma música. E em várias. Nós, que estamos habituados a classificar tudo em géneros musicais ou estilos, nós que estamos sempre prontos a colar um rótulo naquilo que vemos e ouvimos, para esta banda devíamos ter um «frasquinho» que dissesse "Tudo e mais alguma coisa no bom sentido". Posto isto, não será difícil concluir que os Salto fizeram, mais uma vez, um óptimo trabalho, altamente reconhecido pelo público e até pela maior parte das bandas presentes, que não deixaram de elogiar largamente a dupla.

Começou bem esta segunda noite da festa natalícia, e assim continuou na companhia dos peixe : avião. A banda de Braga optou por uma abordagem à «toma lá que já almoçaste», e decidiu começar por introduzir o espetáculo com alguns minutos de noise, o que prendeu o público desde o primeiro instante.

Os peixe : avião conseguiram, logo à partida, criar uma atmosfera que nos envolveu a todos, para além até do aspeto sonoro, apresentando um trabalho fantástico em termos luminotécnicos, que se harmonizou na perfeição com a sua sonoridade. O resultado foi um começo arrasador e vibrante, que se reflectiu em todo o espetáculo, orientado ainda para a promoção do seu último álbum "Madrugada".

A fechar os concertos na sala dois estiveram os Norton com o seu último álbum "Layers Of Love United". É a primeira visita da banda ao Porto desde que este foi lançado, e, tal como nos diz o vocalista Pedro Afonso, "alguma coisa não está bem" quando assim é.

Por isso, foi de braços abertos que os recebemos no Hard Club, numa visita há muito esperada, e o palco foi pequeno para conter a energia contagiante dos temas. Ainda houve tempo para que revisitássemos o single Pump Up The Jam, para grande satisfação do público.

Este foi um dos pontos altos do concerto, e Pedro Afonso não se conteve e saltou literalmente para junto do público para cantar com todos. "Vou muito mais contente para casa", confessa ainda ofegante. Fecham com o segundo single do novo álbum, Coastline, e é com ele que nos deixam, esperemos nós, que não por muito tempo.

Chegam, por fim, os Amor-electro, a banda pela qual muitos esperavam ansiosamente. Este é um dos presentes de Natal do Hard Club aos fãs da banda, que, com certeza, não contavam com uma visita tão cedo.

E foi com exuberância e força que fizeram desfilar o conhecido repertório do álbum de estreia "Cai o Carmo e a Trindade". Mariza Liz manteve-se constantemente em contacto com o público, que lhe respondeu acompanhando os temas com grande entusiasmo. Quase que acabaram no registo intemporal do Barco Negro e o palco repleto dos tão portugueses bombos. A banda ainda se despediu e deixou o palco, mas não resistiu a voltar para cantar com o público, pela segunda vez, o seu maior sucesso, A Máquina.

Uma noite em cheio, sempre com a música portuguesa em primeiro plano. Assim continua, hoje pela mão de Jorge Palma, o bolo-rei deste banquete natalício.

Texto: Íris Rocha
Fotografias: Filipa Oliveira

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Foto depois da festa.