Em um texto publicado na edição de hoje (21/11) da “Folha de São Paulo”, Lobão lamenta as condições que lhe foram colocadas para se apresentar na edição brasileira do Lollapalooza e revela o tratamento ruim dispensado a artistas brasileiros em festivais de rock. O músico publicou, no sábado, um vídeo na internet falando sobre o tema - veja aqui.
“Fui contatado para participar da primeira versão brasileira do Lollapalooza, algo que me deixou muito feliz, pois trata-se de um evento realizado e concebido por músicos, colegas que admiro, dando enfoque a produção musical mais criativa”, diz o texto que está na “Folha”. “Para meu espanto e tristeza, soube, por intermédio de seu representante no Brasil, que o critério de escolha dos horários dos shows era por nacionalidade: os brasileiros foram todos inseridos das 10h às 15h (eu teria o ‘privilégio’ de fechar esse programa, tocando das 14h às 15h)”, continua Lobão.
De acordo com o texto, o músico tentou argumentar junto ao empresário, no que obteve a resposta: “os gringos mandam e o sistema é muito rígido; é isso ou é nada… é pegar ou largar”. Intitulado “Festivais não respeitam os artistas brasileiros”, o texto deixa perguntas no ar, como “Por que o tratamento ostensivamente inferior dado aos nomes locais, com cachês pífios, horários de visibilidade insignificante e separação visível dos estrangeiros?” e “Por que insistem em nos convidar para uma festa cuja porta de entrada é dada sempre pelos fundos?”. Durante o dia a íntegra do texto deve ser publicada no site da Folha. Clique aqui para ler.
O Lollapalooza BR acontece nos dias 7 e 8 de abril, no Jockey Clube, em São Paulo. A escalação completa do festival será oficialmente anunciada hoje, às 11h, numa coletiva para a imprensa, com a presença de Perry Farrell, idealizador do evento.
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