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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Throes + The Shine em entrevista: "Throes + The Shine tornou-se num projeto com cabeça, tronco e membros"

Throes + The Shine em entrevista: "Throes + The Shine tornou-se num projeto com cabeça, tronco e membros":

Igor Domingues e Marco Castro são os Thores. As suas músicas, além das suas vozes, incluem uma bateria, uma guitarra e um piano. Os seus riffs provocadores chegam-nos do Porto e depressa se infiltram no espírito de qualquer um. Os The Shine são compostos por André do Poster e Diron Romão, que partilham a voz das suas canções. O seu estilo encontra-se no Kuduro, vindo de Angola, de onde são originários. Certo dia conheceram-se e decidiram unir os dois estilos. O resultado é um cocktail explosivo de ritmos fortemente dançáveis e um dos projetos mais frenéticos e eletrizantes que Portugal já conheceu. Pela primeira vez num palco lisboeta, prometem arrebatar o Musicbox no festival Jameson Urban Routes, a decorrer nos dias 20, 21, 22, 28 e 29 de outubro.

Palco Principal - Como surge a parceria entre os Throes e os The Shine e, consequentemente, a fusão do Rock com o Kuduro?

Throes + The Shine - Esta parceria surgiu de uma forma bastante natural. Conhecemo-nos no primeiro Festival Náice. Os Throes fecharam para Fucked Up e os The Shine tocaram logo de seguida. Acabámos por começar a conversar, por intermédio de malta amiga, e a ideia surgiu. Passados alguns meses, entrámos na sala de ensaios e o resultado é o que se tem visto por aí.

P.P. - As canções surgem em conjunto? Ou adoptaram músicas compostas anteriormente, de forma individual?

TTS - Os temas surgem sempre através de trabalho conjunto. Não houve muita adaptação de músicas de qualquer um dos grupos. Aliás, a nível instrumental, isso não acontece. A nível lírico, ainda houve alguma linha de fusão, ainda que ténue, numa fase inicial. No futuro pretendemos continuar com esta forma de trabalhar, sem calcar muito o que já fizemos.

P.P. - Pode dizer-se que criaram um novo estilo musical - o Rockduro?

TTS - A nossa ideia sempre foi tentar fundir géneros bastante díspares, como o Rock e o Kuduro, mas não nos estamos a centrar unicamente nisso. Acho que, quando a malta ouvir o nosso primeiro single, vai perceber isso. Existem mais influências, de índole eletrónica e assim, mas sempre assentes no flow e na batida do kuduro. O nosso objectivo é, basicamente, tentar criar algo enérgico, estabelecer uma ligação com as pessoas que nos vão ver e que nos vão ouvir em casa, crescer com os passos certos e a fazer algo que nos agrade a todos, sem nos comprometermos demasiado com as expetatitvas que possam ter em relação a nós.

P.P. - Desta parceria vai resultar alguma edição discográfica? Se sim, para quando está previsto o seu lançamento?

TTS - Vai, sim. Aliás, já gravámos dois temas. Um deles será o nosso single de apresentação, sendo que o outro será um tema exclusivo de uma compilação da Optimus Discos, curada pela Lovers & Lollypops. Também já existem planos futuros além destes, mas, para já, ainda estão numa fase embrionária. Ainda não dá para tecer grandes comentários. No que toca a datas, ainda não quero arriscar algo muito certo, mas podem contar com o primeiro single em novembro ou dezembro, com algumas surpresas pelo caminho.

P.P. - Estiveram presentes na edição deste ano do festival Milhões de Festa e a crítica especializada não poupou elogios à vossa atuação, considerando-a uma das grandes surpresas do verão. Perante o público, as vossas expetativas foram superadas?

TTS - Todo o feedback que nos foi chegando foi ótimo e superou imenso as nossas expetativas. Quando se arrisca nalgo relativamente novo, é sempre complicado prever a reação do público, mas, até agora, só nos têm chegado comentários e críticas encorajadoras. No Milhões de Festa sentimos imediatamente isso, quer pela forma como o público de comportou durante o concerto, quer pela forma como as pessoas começaram a falar connosco no final. Foi tudo ótimo e queremos continuar a trabalhar nesse sentido. Uma banda tem que dar o máximo em palco e, num género como o nosso, criar a festa e meter a malta a dançar. Se isso acontecer sempre, vamos sentir que o nosso dever foi cumprido.

P.P. - De de que forma é que este feedback vos influencia?

TTS - O feedback positivo influencia-nos no sentido de melhorar sempre mais, claro. Não pretendemos estagnar, queremos apresentar algo que agrade sempre mais às pessoas e a nós mesmos. E, num espectro diferente, tem sido esse feedback que tem mudado a abordagem que tínhamos. Inicialmente, víamos isto como uma mera colaboração esporádica, mas a verdade é que nos temos sentido bastante bem com tudo o que temos feito e isso levou a que Throes + The Shine se tornasse, não numa colaboração, mas sim num projeto com cabeça, tronco e membros. Podem esperar concertos, lançamentos e trabalho contínuo daqui para a frente.

P.P. - Os dois grupos continuam, contudo a ter existência própria?

TTS - Os Thores entraram num período de hibernação, sendo que não há, para já, previsões para sair dela. Mas, quando isso acontecer, será numa fase totalmente diferente da anterior, certamente. Quando aos The Shine, continuam a trabalhar e preparar projetos futuros. Basta estarem atentos à página do facebook para perceberem isso.

P.P. - No dia 22 de outubro vão partilhar o palco do Musicbox com os HEALTH, Floating Points e Mike Stellar. São seguidores do trabalho deles? Qual o projeto que mais se identifica convosco?

TTS - Os HEALTH são uma grande influência para nós, já assistimos a vários concertos deles. Alguns de nós chegaram, inclusive, a estar presentes no concerto que eles deram em 2008 no Maus Hábitos, para meia dúzia de pessoas, e também no que se realizou, no ano passado, na Casa da Música. É algo que nos diz muito, tocar com uma banda que acompanhamos desde cedo e pela qual nutrimos um grande respeito. Os restantes projetos com que vamos partilhar a noite também são interessantes, claro, mas nenhum nos marcou tanto.

P.P. - Querem apelar aos nossos leitores, para se deslocaram até um dos vossos concerto, nomeadamente o inserido no Jameson Urban Routes?

TTS - Sim! Quem quiser divertir-se e dançar um bocado, está bem entregue num concerto nosso. Assim o esperamos, pelo menos. Não queremos soar presunçosos, mas, como já referimos, é isso que mais nos alegra quando estamos em palco: sentir que as pessoas se estão a divertir tanto como nós.

Ana Cláudia Silva

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Foto depois da festa.